segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Libertadores da América


Calma! ... Se você pensou que esta era uma mensagem falando sobre futebol e o torneio continental, se enganou. O nome do Torneio da América do Sul tem sim, tudo a ver com História. A homenagem no nome da competição desportiva é uma menção ao grupo de homens que lutou contra dominação espanhola e dedicou-se à Independência de várias nações, entre elas, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai, Chile, Colômbia, Venezuela e Equador. No grupo destes homens estão San Martín, Simon Bolívar, Padre Hidalgo e outros.

Por que lutar pela independência?
Em sua maioria estes homens eram criollos, ou seja, nascidos na América, brancos, livres mas com pouco ou nenhum direito político, faziam parte de uma classe de pessoas abastadas e por isto, muitos deles estudaram na Europa, onde tiveram contato com as idéias iluministas. Retornando aos seus países os que chegavam da Europa traziam o desejo de liberdade, de ter o controle sobre o comércio e do fim das restrições mercantilistas.

O momento

Vivendo o contexto das Guerras Napoleônicas, aproveitaram-se das fraquezas da Espanha e com o apoio dos Estados Unidos e da Ingalterra, puseram fim ao domínio espanhol na América.
No entanto muita coisa manteve-se inalterada, a escravidão por exemplo, foi mantida por algum tempo em boa parte dos países, e a intensa desigualdade não desapareceu. Também houve uma intensa disputa de interesses entre os criollos, o que impossibilitou a formação de uma grande nação americana como desejava Símon Bolívar.
E Hoje?
Ainda é possível ver nos blocos econômicos das Américas do Sul e Central as divergências e disparidades entre as nações. O sonho de união de uma América Latina, defendido por Bolívar ficou para trás. Novas tentativas como o MERCOSUL e o Pacto Andino, ainda estão longe alcançar o efeito desejado, fala-se ainda em Revolução Bolivariana. Até onde estamos prontos para construir um processo democrático e maduro de uma união dos povos americanos? Voltando o olhar para o passado podemos compreender como os tramáuticos processos de independência da nações latino-americanas deixaram marcas, um exemplo disto é a comparação entre a Independência das Colônias Espanholas na América e a Independência do Brasil, é possível perceber semelhanças e diferenças, bem como influências na atualidade destes países?

A América Latina mais justa é um sonho em construção, pensando sobre o nosso passado e refletindo as atuais alternativas, onde poderemos chegar?



Veja mais em:

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=32

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1883435

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31704262

terça-feira, 18 de setembro de 2007

89 anos de Paróquia... Uma parte de nossa História


Primeiro uma rudimentar capelinha de taipa, depois as reformas de Pe. Ibiapina e Pe. Estima. Ao longo dos anos outras reformas foram acontecendo e ela se transformou no que é hoje... um dos marcos históricos e ícone de Santa Cruz do Capibaribe. A igreja matriz viu passarem ao longo destes anos padres, ocorrerem inúmeras festas em homenagem ao padroeiro, o Senhor Bom Jesus do Aflitos, . Nela casaram-se muitos dos filhos e filhas desta cidade, dos conhecidos e ilustres aos mais comuns. Batizados, crismas e outras cerimônias religiosas se realizaram neste templo. Depois vieram a Igreja de São Cristóvão e outras acompanhando o crescimento do município.
Na sede da paróquia e em sua secretaria estão arquivos da história e da memória coletiva de uma população, de livros tombo a imagens de arte sacra são elementos importantes e constitutivos de um passado e presente de um povo.
Hoje a Paróquia do Senhor Bom Jesus e São Miguel comemora 89 anos de vivacidade e se prepara para festejar os seus 90 cheios de júbilo.
É uma referência que merece ser melhor conhecida e preservada em nosso município.

Na sua opinião qual o valor histórico da paróquia do Senhor Bom Jesus e São Miguel em Santa Cruz o Capibaribe?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Aventureiros do Alto-Mar


Os perigos de além-mar estavam lá, o desconhecimento das rotas e correntes marítimas era uma realidade, os enormes gastos envolvidos dificultavam a realização do feito. Nada disso fez com que aqueles aventureiros desistem de singrar os mares e envolver-se no maior processo de conquistas territoriais e de riquezas já visto, mesmo sob duras condições de vida nos navios. Como objetivos destas conquistas estavam questões econômicas (as especiarias e o controle sobre o comércio), políticas (a expansão dos reinos e o controle sobre as terras conquistadas), religiosas (levar a fé católica) e científicas (comprovar teorias sobre a esfericidade da Terra e desenvolvimento de técnicas e instrumentos de navegação) mas, além de tudo isto estava o espírito aventureiro de homens que se dispuseram a enfrentar o desconhecido e, abandonando a segurança de seus lares, embarcarem para viagens de dois, três, seis meses ou mesmo de anos, o tempo de viagem, a segurança de que voltariam e os resultados eram incógnita. Eram meados do século XV, o comércio fervilhava na Europa, as Monarquias Nacionais estavam em construção, as cidades em pura expansão e os debates sobre possíveis descobertas e rotas marítimas alternativas eram constantes. A demanda por especiarias, ouro e artigos de luxo serviram de impulso para que grupos de banqueiros e comerciantes montassem companhias como a fim de financiarem viagens (como foi o caso da viagem de Cabral). Como resultado a expansão européia, a conquista violenta da América, de porções da Ásia e da costa da África, o contato entre povos das mais diferentes culturas e para alguns, o início do processo de Globalização.

Comente:
Para alguns historiadores, as viagens marítimas dos séculos XV e XVI podem ser comparadas à ida do ser humano à lua, em virtude das dificuldades e do desconhecimento sobre o assunto. Você concorda com isto? Por quê

Veja mais:
http://www.brasilescola.com/historiab/grandes-navegacoes.htm http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/historia/brasil/ult1702u38.jhtm
http://www2.crb.ucp.pt/Historia/abcedário/bordo/Trabalho%20Final%20Expansão%20A%20B%20C%20dos%20descobrimentos.htm

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Cidadãs e cidadãos!


O direito à cidadania é uma das condições mais importantes para muitas pessoas. Poder se sentir membro da comunidade gentílica, é algo de que, provavelmente, a grande maioria não prescinde. Poder participar da vida pública do país, possuir direitos e deveres, ser livre (dentro dos limites da lei) é uma conquista quem vem se consolidando nas democracias modernas.
A origem deste avanço pode ser encontrada em dois momentos distintos da História da Humanidade. O primeiro remonta à Antiga Grécia e suas pólis (cidades-estados) e o segundo à Revolução Francesa, do século XVIII.
Para os gregos a condição de cidadania estava atrelada ao nascimento (ser grego), à maioridade (18 anos em Atenas e 25 em Esparta) e ao serviço público (como servir ao exército ou pagar impostos), lembrando que só homens exercitavam estes direitos. Ainda em Atenas, o bom cidadão era o que expressava-se na Assembléia.
A Revolução Francesa, extinguiu o Ancièt Regime e promulgou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que entre outras coisas, define os homens como livres e iguais perante a lei e que serviu de princípio para a maioria das leis modernas.
Depois vieram inclusão das mulheres, ampliação dos direitos e as mudanças não param. Atualmente a cidadania se vê diante de novas interpretações como a dupla cidadania, a cidadania nos blocos econômicos (MERCOSUL e União Européia, etc.) e mesmo os direitos através de mundo virtual que cria uma espécie de nova cidadania.
É a dinâmica da História, reinventar conceitos e fórmulas e estar em constante transformação.

Veja como a cidadania é tratada no Brasil

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm

Quais os desafios que existem na construção da cidadania atualmente?

Que soluções podem ser proposta para a cidadania no mundo globalizado e no mundo virtual?
Comunidade Cidadania

domingo, 19 de agosto de 2007

Escravidão e Inferno!


O Brasil da Chamada fase “Pré-Colonial” e posteriormente, do Ciclo do Açúcar, foi um projeto pensado de acordo com os interesses mercantilistas da burguesia e da Coroa portuguesa. Os trinta primeiros anos foram de poucos contatos e de reconhecimento, bem como de defesa da costa das invasões e das ações de pirataria francesas em Pernambuco, no Maranhão e no Rio de Janeiro. Isto tudo não é novidade alguma. Porém para que tal projeto pudesse vingar, foi preciso uma oportuna conjugação de elementos .
Em primeiro lugar a divisão de terras com a Espanha (através do Tratado de Tordesilhas), que fez com que a outra monarquia ibérica não abocanhasse estas paragens. Em segundo lugar, o fato de que as demais coroas européias se encontravam em momentos de formação ou envolvidas em conflitos continentais que as impossibilitaram de concorrerem com os lusos por este território. Outro fator importante foi a disponibilidade de uma parcela de capitais da iniciativa privada para aceitar as capitanias (em especial São Vicente e Pernambuco, as que efetivamente prosperaram) e por fim a disponibilidade de mão-de-obra a priori indígena e a posteriori africana na forma de escravos, somando a isto, o capital holandês e a parceria comercial com os batavos.
Contingentes elevados de nativos (os negros da terra) e depois de africanos transplantados para o novo mundo é que foram encaixados nos mecanismos de exploração colonial de modo a tornar esta empreitada possível e lucrativa. Em especial a economia agroexportadora do açúcar absorveu um número enorme de braços africanos e transformou-os à custa de castigos, torturas e imposições em ladinos, “mãos e pés” dos senhores de engenho, na expressão de Antonil. Além de serem importantes na atividade agrícola, estes escravos eram uma excelente fonte de lucros no tráfico negreiro através do Atlântico.
O curioso é que o pagamento por tais escravos nas regiões onde eram capturados era feito em algodão, cachaça, melaço e fumo, sendo assim a complementaridade se dava de forma muito conveniente, pois os bens da terra serviam como moeda de troca pelos africanos.
A prática escravista do lusos vinha de longa data e era conhecida dos europeus desde as Cruzadas, onde os “infiéis” (mulçumanos) – assim chamados pelos cruzados – podiam ser escravizados com o aval da Igreja, Rapidamente esta particularidade se estendeu para os povos nativos do Continente Africano devido à sua religiosidade diferenciada e ao fato de serem considerados inferiores em relação aos europeus.
Tais justificativas também foram aplicadas em relação aos Ameríndios que igualmente foram utilizados como escravos mas, que devido a elementos como a alta mortalidade (provocada pelas guerras de escravização e pelas doenças trazidas da Europa) a baixa demografia nativa no litoral, ao incentivo dado pela Coroa para compra de escravos da África (com interesses econômicos) e pela intervenção católica que queria a catequização dos índios foi sendo gradualmente substituída pela força dos africanos.
Desta forma o Brasil foi inserido nas rotas comerciais européias. Com a iniciativa da Coroa e a participação de particulares e principalmente com o suor e o sangue de negros e índios que cultivaram e extraíram riquezas desta terra.



  • Comente o papel da Igreja Católica na exploração mão-de-obra no Brasil Colônia

  • Justifique as razões que levaram os colonizadores a substituirem a mão-de-obra indígena pela africana.

  • Mais:


    RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. Companhia das Letras, São Paulo: 1999.


    FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. Companhia Editora Nacional, São Paulo: 2004.


    KOK, Glória Porto. A Escravidaão No Brasil Colonial. Editora Saraiva, São Paulo: 1997.

    segunda-feira, 6 de agosto de 2007

    O Mundo é Nosso, Imperialismo do Século XIX


    África, século XIX, o continente quase todo encontra-se sobre o controle dos países europeus, seja na forma de protetorados, de controle direto ou associação aos governos locais por parte dos países da Europa. O mapa da África, e sua conseqüente divisão entre as potências da época foi traçado em Berlim(!!!!), isto mesmo, na capital alemã, em uma conferência sob a chefia de Otto von Bismarck. Reunidos líderes das principais potências econômicas do “Velho Continente” trataram de negociações para dirimir divergências e organizar a exploração no continente africano e redefinir ou traçar o mapa daquela área. A justificativa para tal ação era a “Missão Civilizatória”, já que o Eurocentrismo (idéia vigente e divulgada no séculoXIX) julgava que cabia aos europeus a missão de levar civilização, conhecimento e saber aos povos africanos (mesmo que este conceito desprezasse as tradições culturas e conhecimentos do nativos da “Mama África”), claro que isto representava levar os valores europeus, sem a prévia consulta aos africanos.
    Por trás deste “nobre” objetivo escondia-se o desejo de controlar e explorar as importantes reservas de ouro, diamantes, marfim e outros recursos naturais que a África dispunha. Nem sempre os europeus se entenderam bem sobre esta divisão chamada de Neocolonialismo ou Imperialismo (exemplo disto foi a Guerra do Bôeres) mas de modo geral o plano de conquista foi bem executado e os resultados favoráveis à construção ou consolidação dos grandes impérios do século XIX, já para os africanos a tragédia possuiu uma amplitude inimaginável. Não bastasse as perdas humanas que a África teve durante os séculos XV ao XVIII com o tráfico de escravos, veio o controle de seus territórios e a conseqüente retirada de suas riquezas naturais para ampliar a fortuna de pessoas do outro lado do Mediterrâneo ou do Atlântico.
    Cabe ainda dizer que o Imperialismo não se restringiu à África,nem aos países europeus, foi levado para a Ásia e praticado também na Oceania e América e que os EUA também fizeram uso deste expediente para aumentar o seu poderio econômico e que por trás desta ação estavam os cartéis, trustes e holdings que dominaram o cenário econômico na virada entre os séculos XIX e XX.

    Questões para debate:

    1. “Existe uma profunda relação entre as comunidades científicas européias e o Imperialismo (Neocolonialismo) no século XIX.” Explique a afirmativa:
    2. A Chamada “Missão Civilizatória” desapareceu plenamente?



    Veja mais:
    http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=252
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=795788 (comunidade que discute temas relacionados à História)
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1078658 (Comunidade sobre História Contemporânea)
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=93253 (Comunidade Política e História)
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23431119 (Não à Tirania, sim à Liberdade)
    HOBSBAWN, Eric. A Era do Capital (1848-1875). Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1982. ______________. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

    HARVEY, David. O Novo Imperialismo. São Paulo: Edições Loyola, 2003.

    SOMMA, Isabelle. A Partilha da África. Revista Aventuras na História, ed 35, , São Paulo: Editora Abril, julho de 2005.
    P.S.: Peço desculpa aos que visitaram o blog recentemente e não encontraram atualizações, isto deve-se ao pouco tempo disponível (as férias acabaram) e a problemas com o PC. Espero agora manter uma maior freqüência de atualizações.

    segunda-feira, 23 de julho de 2007

    Charges e História


    A História se relaciona muito bem com outras áreas do conhecimento humano. Por diversas vezes faz destas outras áreas um suporte para expandir suas análises ou complementar o sentido de seu estudo, outras vezes é a História que serve de esteio para a análise, interpretação ou expansão de outro ramo do saber.
    Uma das atividades que muito se afina com a História e que tem sido usado ao longo do tempo como um recurso valioso na expressão do conhecimento histórico é a Charge. Os desenhos satíricos que mostram personalidades da política ou mesmo fatos e situações corriqueiras em tons irônicos são um valioso material para reforçar ou ampliar a análise histórica de um fato.
    A Charge é também uma expressão cultural de um povo, de um lugar e de uma época – logo histórica. A observação das charges, pode relevar muito sobre os padrões culturais de um povo, de uma sociedade. Neste quesito, parece ser o Brasil um privilegiado, pois desde os tempos de Império que possui importantes chargistas ou cartunistas a desvelar com bom humor os fatos do dia-a-dia político do país. De Agostini a Caruso, passando por Jaguar, sempre tivemos excelentes cartunistas em nossa imprensa. Que continue sendo assim, afinal, imagine o leitor um jornal sem as charges...

    sexta-feira, 20 de julho de 2007

    Crianças no Poder!



    Imagens de D. Pedro II (ainda criança), D. Sebastião e Tutancamon (máscara funerária)

    Crianças à frente de governos, liderando impérios, conduzindo o destino de nações e povos. O que hoje pode parecer uma aberração - basta ver a idéia de maioridade trazida no Código Civil Brasileiro – tornou-se relativamente comum em outras épocas.
    Por trás destas situações estavam interesses políticos, econômicos e religiosos. Muitas pessoas e grupos possuíam interesse em que governantes-crianças ocupassem o trono, isto garantiria estabilidade, facilitaria a influência e ação destes grupos e dava uma idéia de legitimação.
    Alguns exemplos famosos disto foram
    Tutancamon no Egito Antigo, D. Pedro II no Brasil e D. Sebastião em Portugal. Muitos outros casos poderiam ser citados mas estes são reverências significativas, cabendo destaque nos casos de Tutancamon - que assumiu o trono em meio a um momento de instabilidade no Egito, após o conturbado reina do Akhaenathon e sua tentativa de implantação de um monoteísmo - e também D. Pedro II - que ascendeu ao trono em meio às diversas rebeliões do chamado Período Regencial (1831-1840) e que teve um longo reinado, que estendeu-se até a proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
    Em tempos que se discute redução da maioridade penal, imagine o que se diria caso o país ainda fosse governado por um adolescente de 14 anos...

    quinta-feira, 19 de julho de 2007

    Um Cais em Santa Cruz do Capibaribe









    Imagens do Cais em sua inauguração e atualmente.

    Um cais é uma referência de cidades localizadas na costa ou em regiões onde a navegação fluvial se faz presente. Por ele pessoas e mercadorias chegam e saem, a comunicação com outras localidades é feita por ali, enfim, é uma ligação, uma janela para outros locais.
    Em Santa Cruz do Capibaribe há um cais, muito embora a grande maioria desconheça!
    Aparentemente é mais um mirante que mesmo um cais. No dia 31 de janeiro de 1973, foi a obra foi inaugurada e possivelmente tinha como objetivo principal possibilitar a visão das cheias do Rio Capibaribe, cremos também que talvez havia o interesse de que o cais pudesse servir para que pessoas atravessassem o Capibaribe em dia de cheias em canoas e utilizassem o mesmo para atracar, há ainda quem afirme que se trata de uma contenção às cheias. A dificuldade em definir algo sobre o mesmo deve-se à falta de fontes. O pouco que se pôde coletar diz que o cais foi inaugurado pelo Padre Zuzinha e vemos em imagens que a cerimônia de inauguração foi muito concorrida, na oportunidade o Padre estava concluindo seu 1º mandato de Prefeito (cargo que viria a exercer uma segunda vez) e tomava posse Braz de Lira.
    Atualmente o cais encontra-se em total estado de abandono e depreciação. As pessoas que por ali transitam não têm nenhuma noção de que se trata de um patrimônio histórico do município.
    Fica aqui a sugestão para que as pessoas competentes se dêem conta do valor histórico deste espaço e num esforço mais que justo, recuperem e conservem o Cais da Igreja, como era conhecido.

    segunda-feira, 16 de julho de 2007

    E a Lua deixa de ser apenas dos namorados!


    Julho de 1969, a Guerra Fria ganha mais um importante capítulo: a chegada do ser humano à Lua.
    Em 16 de julho de 1969 foi lançada em Cabo Canaveral (base de lançamento de foguetes dos EUA) a nave Apolo 11, que quatro dias após aterrissou na superfície lunar. Este evento marcava o sucesso do programa espacial dos Estados Unidos, que visava demonstrar ao mundo, e em especial à União Soviética, o seu desenvolvimento tecnológico.
    Desde a década anterior que ambos os países, tratados como superpotências, enviavam satélites e foguetes ao espaço. A União Soviética mostrava em relativa vantagem pois já havia colocado em órbita o Sputnik I (primeiro satélite artificial em órbita, em 1957) e o Vostok (Nave tripulada pelo astronauta Iuri Gagárin, primeiro ser humano a ir ao espaço, em 1961). A chegada da Apolo 11 representava portanto, uma reação dos Estados Unidos na chamada Corrida Espacial.
    Como diversos outros eventos históricos, a chegada do ser humano à Lua ainda é contestada atualmente. Você concorda que o ser humano não chegou à Lua? Ou isto é apenas mais uma daquelas teorias conspiratórias?


    Veja mais:

    http://historia.abril.uol.com.br/2006/hojenahistoria/julho.shtml

    http://www.afraudedoseculo.com.br/

    http://www.observatorio.ufmg.br/pas14.htm

    sábado, 14 de julho de 2007


    Hoje é um dia significativo para a História Moderna e Contemporânea do chamado “Mundo Ocidental”, é a data em que se comemora a Queda da Bastilha, marco da Revolução Francesa.
    Na França, há 218 anos, importantes fatos alteravam os rumos da sociedade européia (particularmente a francesa) e influenciariam relevantes transformações no mundo contemporâneo nascente. Claro que uma data, ou mesmo a tomada de uma antiga prisão, não sintetizam um evento da grandiosidade da Revolução Francesa, mas sem dúvida, este momento – o da tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789 – é um indicativo de que as coisas estavam mudando.
    Uma multidão composta por vários setores do Terceiro Estado francês, revoltada com a própria condição e confusa com as notícias vindas da Reunião dos Estados Gerais em Versalhes, vai às ruas de Paris e liberta os prisioneiros políticos encarcerados naquela fortaleza. De fato, o Anciet Regimè, dava sinais claros de esgotamento.
    Mesmo não sendo um grande fato do ponto de vista militar, nem uma conquista social de destaque, a queda da Bastilha assustou os nobres e a realeza e provocou reações externas;

    “Todas as Nações, à notícia de sua ruína, acreditaram-se libertadas.”

    (MICHELET, Jules. História da Revolução Farancesa. Citado IN: OSTERMANN, Nilse Wink e KUNZE, Iole Carretta. Às armas cidadãos! A França Revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual, 1995.

    Hoje a França celebrou com muita pompa o evento, que foi um dos referenciais do surgimento de um novo mundo; junto com a Revolução Industrial e com a Independência dos EUA, no século XVIII.
    Muitos ainda se perguntam sobre o real significado desta revolução e a amplitude de suas conseqüências, mas é notório que o Antigo Regime, com seu Absolutismo e seu Mercantilismo, sofreram um decisivo golpe, desferido pela burguesia (daí alguns chamarem-na de Revolução Burguesa).
    Como devemos encarar a Revolução Francesa afinal?

    Para mais veja:
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=529730
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1654900
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11137605
    http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/paris/paris.htm

    sexta-feira, 13 de julho de 2007

    O Brasil Holandês e a urbanização tropical


    É provável que o assunto que mais mexa com o imaginário coletivo e histórico do povo pernambucano, seja a invasão e o governo dos holandeses, além é claro da Restauração (momento da expulsão dos holandeses). Eles vieram, viram e venceram. Durante 24 anos (1630-1654), os holandeses se instalaram no Nordeste do Brasil, dominaram as regiões litorâneas de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e partes do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Passada a malfadada invasão a Salvador (1624-1625), implantaram aqui, um governo que conseguiu manter a maioria dos senhores de engenho como aliados e que possibilitou que convivessem de modo relativamente harmônico, judeus, “cristão-novos”, católicos e protestantes.
    Durante este período o Recife se tornou o principal centro urbano do “Brasil Holandês”. Investimentos em urbanização da antiga vila de pescadores e marinheiros fez com que a mesma mudasse (talvez tenha sido o maior investimento em urbanização no processo de colonização dos trópicos até aquela altura).
    O maior responsável pela estabilidade e pelo desenvolvimento da Capitania de Pernambuco foi Maurício de Nassau – com governo de 1637 a 1644 -, que a despeito das intenções da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais, fez investimentos no Nordeste Brasileiro, negociou dívidas com senhores de engenho e concedeu créditos para a recuperação dos engenhos.
    É importante salientar que, a condição de pobres, escravos africanos e índios pouco ou nada mudou.
    No plano administrativo, artístico e urbano, aí sim se pode falar em grandes diferenças.
    Este domínio dos batavos chegou mesmo a provocar uma polêmica: O Brasil teria sido melhor se tivesse sido colonizado por holandeses?
    Vale lembrar que esta polêmica deve muito ao governo de Maurício de Nassau, e o governo de Nassau foi um período diferenciado da Administração Holandesa.
    Como será que o leitor vê esta situação?

    · Sim, o Brasil seria diferente e melhor com certeza.
    · Não, nada mudaria, o objetivo era o mesmo: explorar.
    · Não sei, talvez mudasse. Faltam elementos para definir melhor.

    Para mais veja:



    SILVA, Luiz Geraldo. O Brasil dos Holandeses. Coleção A Vida no Tempo, São Paulo: Atual 1997.


    MELLO, Evaldo Cabral de. Rubro Veio, O Imaginário da restauração pernambucana. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.

    P.S.: Não deixarei de mencionar o Dia do Rock, gênero sempre atual. Também faço menção à Sexta-Feira 13 ( que muitos vêem como mau augúrio), veja mais em http://historia.abril.uol.com.br/2006/edicoes/almanaque/mt_237403.shtml e também saúdo a abertura oficial dos Jogos Panamericanos.

    terça-feira, 10 de julho de 2007


    Repetidas vezes se falou sobre a participação indígena no processo de formação do povo brasileiro. De forma heróica e até mitológica, o índio foi representado como um importante elemento constitutivo desta nação, e de fato é. A questão é que nem sempre, se mencionou que para isto houve um longo e doloroso processo de aculturação, de escravização e de uma “guerra biológica” (mesmo que não planejada) em relação ao nativo. Os povos autóctones ficaram desprovidos de suas terras, perderam muito ou quase tudo de sua cultura, e ainda, foram vitimados por doenças como sífilis e tuberculose trazidas pelos europeus à América.
    Além disto, os portugueses se valeram de costumes dos próprios indígenas para gerar em ventres de tupis, jês e de índias de outras nações, filhos nem sempre reconhecidos e que por diversas vezes findaram como escravos nas plantações de açúcar ou de algodão.
    Fato relevante é que este processo de mestiçagem fez com que em um curto período a população aumentasse significativamente. Disto se deduz que no Brasil, a participação indígena se deu em várias vertentes do trabalho à influência cultural, além é claro, de sua relevância no povoamento e aumento inicial da população.
    Mesmo reconhecido tudo isto, atualmente muitos povos ainda lutam pela demarcação de suas terras, pela valorização de seus costumes e pelo reconhecimento de sua cidadania.

    segunda-feira, 9 de julho de 2007

    O Cotidiano do Antigo Egito


    A mais misteriosa e estudada civilização é a egípcia. Desde o século XIX, muitos estudiosos se debruçam sobre os achados desta sociedade, tentando narrar e reescrever o seu passado. Faraós, rainhas, templos e deuses são os principais focos destas pesquisas. Mais recentemente, graças a teorias e novas interpretações históricas, outros elementos do Antigo Egito têm sido postos em evidência. São ecos da História do Cotidiano se manifestando na narrativa sobre a Terra dos Faraós.
    Escavações arqueológicas, análises de tumbas, documentos escritos e pinturas têm servido para elucidar a vida dos “homens comuns” do Egito, seu trabalho, suas relações sociais, sua dieta, enfim tudo que se pode saber e estudar sobre a vida das pessoas que também constroem a História e que por vezes ficam à margem na escrita da mesma.
    Sabemos hoje, que incensos faziam parte do dia-a-dia das famílias do Egito, que usavam roupas em cores e tecidos de acordo com o seu trabalho e sua posição social, há ainda o fato de que se organizavam para a prática de tarefas coletivas, como a construção de uma residência, em sistema de mutirão (fato comum no Egito atual). Sabemos também, que o pão, em geral era preparado na própria residência, que a alimentação era composta basicamente de pão, alho, cerveja e peixe (caso pescassem), pato ou outra carne (elemento nem sempre presente na maioria das casas), já os nobres consumiam, queijos, vinhos e outros, fator que demonstra uma desigualdade. Na medicina esta desigualdade, quase não existia, ou seja são variantes de um mesmo processo. A História do Cotidiano tem se revelado um excelente caminho para o entendimento de transformações e permanências, de semelhanças e diferenças nas várias temporalidades de um local específico, e serve também como um valioso caminho a ser trilhado por professores em suas aulas de História.
    Você concorda que o cotidiano dos povos estudados deve ser visto em pesquisas e aulas? Ou acha que o importante é a menção aos grandes fatos e personagens?

    Referências:

    RAMALHO, Priscila. A História em Detalhes. Revista Nova Escola págs. 26-29, Junho/Julho de 2002, São Paulo: Abril.

    NOGUEIRA, Pablo. Os novos mistérios do Egito. Revista Galileu págs. 35-47, Dezembro de 2006, São Paulo: Globo.

    __________ Documentário: A História Oculta do Egito, EUA: Discovery.


    sexta-feira, 6 de julho de 2007

    Traços de uma Historiografia Local


    Narrar a própria História, a História de sua comunidade é uma tarefa fascinante e desafiadora ao mesmo tempo. Tentar reconstruir fatos ocorridos na sua territorialidade é o sonho de muitos. Falta de documentos escritos, limitações metodológicas e outras não desanimam os historiadores que se debruçam sobre a sua “História Local ou Regional”. Em muitos casos, a barreiras são enormes mas, a persistência tem sido a marca destas pessoas que se esforçam em recontar a História de suas cidades, de seus municípios, de suas localidades.
    A oralidade tornou-se então uma grande aliada. O depoimento de idosos, a fala de antigos moradores, o imaginário popular e suas lendas; converteram-se em questões provocadoras, em fortes indícios ou documentos históricos, tanto que desenvolveu-se um ramo da Historiografia, chamado de História Oral. Daí muitos têm se embrenhado na tarefa de uma narrativa histórica e em diversos casos, obtido êxito.
    Em Santa Cruz do Capibaribe, podemos citar algumas pessoas que, mesmo que não tenham tido tal pretensão, fizeram importantes registros para que outros possam continuar a narrativa ou reescrevê-la (Prof. Lindolfo, Avanísia Souza, Israel Carvalho, Lúcia Nascimento e mais recentemente, Bruno Bezerra). São por assim dizer traços ou referências de uma incipiente Historia Local.
    Não nos esqueçamos, que toda História, por mais mundial ou global que seja, é de certa forma, uma História Local.

    quinta-feira, 5 de julho de 2007

    Opulência da Economia Açucareira


    Os primeiros anos não foram fáceis. Da implantação da cultura de cana-de-açúcar ao seu apogeu, os colonos portugueses enfrentaram diversas dificuldades. Resistência dos nativos, dificuldades de adaptação ao novo modo vida, distância em relação à metrópole, limitações na comunicação. Suplantadas estas barreiras, criou-se no Brasil Colônia uma das mais prósperas empresas da era do Mercantilismo.

    “Ao terminar o século XVI, a produção de açúcar muito provavelmente superava os dois milhões de arrobas, sendo uma vintes vezes maior que a quota de produção que o governo português havia estabelecido um século antes para as ilhas do Atlântico. A expansão foi particularmente intensa no último quartel do século, durante o qual decuplicou.” (FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 33 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional p. 48-49.)

    Isto se comprova não só pelo volume de produção e exportação do açúcar, nem apenas pelo número de engenhos implantados no Brasil (60 no ano de 1570) mas, principalmente, pela arte e pela opulência que esta sociedade ostentava.
    Esta riqueza demonstra-se nas expressões artísticas e principalmente nas Igrejas construídas no Nordeste, mesmo quando a Mineração já ocupava o primeiro lugar no valor das exportações e Arte Barroca já se evidenciava no Brasil. Inegavelmente tal opulência foi muito mais nítida na época do domínio holandês no Nordeste.
    Esta marca de riqueza é tão forte que alguns historiadores falam em açucarocracia para descrever a sociedade desenvolvida em torno da plantation açucareira é foi retratada na obra de pintores e marcada nas igrejas do Recife, Salvador e João Pessoa, ou Nossa Senhora de Filipéia (como era conhecida no período). Estas igrejas, engenhos, pinturas e outros compõem um rico acervo que retrata uma parte relevante da História do Brasil e que merece ser preservada e conhecida por todos.

    quarta-feira, 4 de julho de 2007

    Nascido em 04 de Julho


    04 de Julho de 1776, treze anos antes do marco inicial da Revolução Francesa (a Queda da Bastilha), no outro lado do Atlântico, um grupo de colonos decide enfrentar a maior potência política, militar e econômica da época – a Inglaterra. Na oportunidade, valores iluministas foram o mote ideológico e idéias de Igualdade e Liberdade ecoaram nas “Treze Colônias”.

    Pessoas como Thomas Jefferson, George Washington, além de inúmeros anônimos se desdobraram em esforços nas Guerras de Independência. O fato é que, passados 231 anos, as colônias unidas se transformaram na nação mais poderosa da segunda metade do século XX e início do século XXI.

    Os métodos e as conseqüências deste predomínio podem ser contestados (inclusive por este blogueiro, crítico mordaz da política externa dos EUA) mas, dificilmente se pode duvidar que a Independência dos EUA é um marco na História da América e um eventosignificativo na resistência à Colonização exercida pelos europeus, além da introdução de novos valores, entre outros, a República Federativa.

    E você leitor, como encara este evento?
    PS: Como Rubro-Negro não devo deixar de parabenizar o Sport, a Ilha do Retiro e toda a nação Rubro-Negra pelos 70 anos da Ilha do Retiro.

    terça-feira, 3 de julho de 2007

    A História: Seu debate e sua atualidade.




    O nosso momento histórico é de muita correria, pouco tempo, individualismo (e não individualidade) e, portanto, de pouca valorização da História, pois sempre parece que ela tem aquele velho discurso de nomes, datas e eventos. No atual contexto com a transitoriedade presente, cabe perguntar: Para que serve a História? Será que ela limita-se ao mero estudo do passado e que não traz mais nenhuma contribuição?
    Ao meu ver não. A História fortalece o que chamamos de memória coletiva, cria laços de afinidade, identifica mudanças e permanências, continuidades e descontinuidades, semelhanças e diferenças nos processos de construção social.
    Ela estuda experiências humanas e sociais, que, portanto, são sempre atuais e pertinentes uma vez que crescemos também por via da experiência. Sua presença é inegável, mesmo que alguns não a percebam. Além disso, novas tendências são desenvolvidas, outros aspectos e abordagens históricas surgem. Sem contar que entender o que nos rodeia fica muito difícil sem o auxílio da História.E você o que diz?






    1. A História é apenas uma disciplina chata da Escola.



    2. A História é importante mas, não sei como.



    3. A História é legal, pois mostra muitas curiosidades.



    4. A História é significativa, pois ajuda a ler melhor o mundo em tempos de "Globalização".
    Qual destas é a sua escolha? Opine.

    segunda-feira, 2 de julho de 2007

    Este Blog, surge do desejo de ampliar os espaços de debate e interesse sobre a História, em especial, no ambiente escolar. Cremos que a internet e os blogs (de forma mais específica) podem ser um bom aporte para tal fim.
    Pretendemos atualizar diariamente, e para isto contamos com a ajuda de de todos os que visitarem este espaço.