terça-feira, 10 de julho de 2007


Repetidas vezes se falou sobre a participação indígena no processo de formação do povo brasileiro. De forma heróica e até mitológica, o índio foi representado como um importante elemento constitutivo desta nação, e de fato é. A questão é que nem sempre, se mencionou que para isto houve um longo e doloroso processo de aculturação, de escravização e de uma “guerra biológica” (mesmo que não planejada) em relação ao nativo. Os povos autóctones ficaram desprovidos de suas terras, perderam muito ou quase tudo de sua cultura, e ainda, foram vitimados por doenças como sífilis e tuberculose trazidas pelos europeus à América.
Além disto, os portugueses se valeram de costumes dos próprios indígenas para gerar em ventres de tupis, jês e de índias de outras nações, filhos nem sempre reconhecidos e que por diversas vezes findaram como escravos nas plantações de açúcar ou de algodão.
Fato relevante é que este processo de mestiçagem fez com que em um curto período a população aumentasse significativamente. Disto se deduz que no Brasil, a participação indígena se deu em várias vertentes do trabalho à influência cultural, além é claro, de sua relevância no povoamento e aumento inicial da população.
Mesmo reconhecido tudo isto, atualmente muitos povos ainda lutam pela demarcação de suas terras, pela valorização de seus costumes e pelo reconhecimento de sua cidadania.