tag:blogger.com,1999:blog-87244915209061673462024-03-12T20:17:28.178-07:00ClioBlogJorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-23072598636694768252010-06-12T05:59:00.000-07:002010-06-12T05:59:19.618-07:00O Ronco da Abelha<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">Grande parte dos historiadores brasileiros considera a segunda metade do século XIX (1850-1889) como o período mais tranquilo do Segundo Reinado no que se refere às revoltas internas. Este entendimento é válido se considerarmos que as grandes rebeliões que punham em xeque a unidade nacional realmente deixaram de ocorrer após o término da Revolução Praieira, o último grande movimento de contestação da política imperial antes da implantação da República.</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">Porém dizer que o período em questão foi tranquilo, não condiz necessariamente com a sequência do que se sucedeu no decorrer do século XIX. Em várias partes do país aconteceram os mais diversos tipos de protestos e movimentos contra a situação política, econômica ou social. De ataques na imprensa ou debates acalorados nas assembleias provinciais e nacional, até manifestações violentas e quebra-quebra ocorreram. O Nordeste foi o palco de vários destes movimentos, dos quais destacamos o “Movimento do Ronco da Abelha” ou “Guerra dos Marimbondos”.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<span style="color: #38761d;"></span></span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;"><em>O Contexto Histórico</em></span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">O início da década de 1850 foi agitado nas províncias do Nordeste. A Revolução Praieira mal havia acabado e muitas questões referentes à economia e política ainda inquietavam as pessoas. A região vivia uma grave crise dos seus principais produtos de exportação (especialmente o açúcar) e não contava mais com o prestígio político que tivera outrora. As disputas entre liberais e conservadores também faziam eco no Nordeste e contribuíam para aumentar o clima de insatisfação local. As leis Eusébio de Queiroz (que proíbe o tráfico de escravos para o Brasil) e a chamada Lei de Terras (que dificulta ainda mais o acesso à terra por parte das camadas mais pobres) são aprovadas, ampliando a desconfiança de uma significativa parcela da população. </span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">Com a proibição do tráfico escravista cresce a necessidade por mão-de-obra barata nas fazendas de café do Sudeste. Para suprir a carência de braços nos cafezais os fazendeiros do Sudeste recorrem ao tráfico interno de escravos adquirindo escravos do fazendeiros nordestinos que vendem os seus escravos como meio de quitar suas dívidas crescentes e optam por utilizar mão-de-obra livre formada principalmente por mestiços.</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">No esteio das Leis mencionadas foram lançados dois decretos, o 797 e 798 a se cumprirem em janeiro de 1852 e que determinavam o registro civil da população em cartórios (retirando esta função da Igreja Católica) e o recenseamento da população. Estes decretos somados às Leis Eusébio de Queiroz e à Lei de Terras, fizeram crescer na população a desconfiança de que os trabalhadores livres substituíram os escravos no Nordeste, especialmente nas fazendas de algodão, perdendo também sua liberdade. Também ocorreu o fato de que muitos religiosos aproveitarem o fato de que perderiam o privilégio do registro civil para questionarem o regime do Padroado (onde o Império exercia o controle sobre o Catolicismo no Brasil). Além de pessoas ligadas aos grupos de oposição nas províncias de Pernambuco, Paraíba e Ceará, aproveitarem a situação e canalizarem o descontentamento de parte da população para ampliarem sua base de apoio. Sendo assim., o clima estava propício para a eclosão do movimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<span style="color: #38761d;"></span></span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Os Conflitos e suas consequências</em></span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">No final de Dezembro de 1851, quando em Pernambuco, Paraíba e Ceará a notícia sobre o cumprimento dos Decretos citados correu pelas vilas ou foram afixados em locais públicos cópias destes decretos, um grande número de pessoas, armadas de foices, enxadas e espingardas, passou a atacar prédios e autoridades públicas. Gritos como “Abaixo a Lei, morra o Governo” eram ouvidos e entoados como palavras de ordem. Os registros dão conta de que em vilas e cidades da Paraíba como Campina Grande, Ingá e Alagoa Nova os conflitos foram extremamente violentos. Apesar da surpresa inicial, o governo reagiu rápido e no final de janeiro 1852 a paz social” foi restabelecida, para tal o governo contou com o auxílio de alguns membros do baixo clero que ao se darem conta de que o movimento fugiu do controle, passou a conclamar os fiéis para o respeito à “ordem pública”.</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo durante pouco tempo o Ronco da Abelha provocou resultados, os decretos foram revogados e o primeiro Censo nacional só veio a acontecer em 1872 e o registro civil e a separação definitiva da Igreja e do Estado só ocorreram a partir da implantação da República.</span>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-16759985098215563912010-03-12T04:05:00.000-08:002010-03-12T04:07:29.129-08:00Caldeirão e "A Cidade do Paraíso"<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na História do Brasil e do mundo, muitos são os exemplos de movimentos religiosos que tiveram um final trágico. Líderes e fiéis de vários desses movimentos morreram vítimas de repressão governamental, de sacrifícios efetuados em rituais ou suicídios e imolações coletivas. Alguns dos casos mais marcantes e conhecidos da História do Brasil são os de Canudos (1893-1897), no interior da Bahia e do Contestado (1912-1916), em Santa Catarina. No entanto, muitas outras são as situações em que a fé do povo e liderança carismática de um beato, pastor ou pregador levou centenas de pessoas a participarem de um projeto de construção de uma sociedade diferente e por assim dizer alternativa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No sertão nordestino do final do século XIX e início do século XX, fatores como o mandonismo, o coronelismo e as constantes secas foram elementos que contribuíram para a ampliação do número de excluídos e que se tornam elementos constitutivos do surgimento de bandos armados (os cangaceiros) e do surgimento de líderes religiosos com uma pregação de salvação e de mudança de vida (Messianismo).</span><br />
<div></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>O Beato e o Circo dos Santos</em></span><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a0/Caldeirao.jpg/230px-Caldeirao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a0/Caldeirao.jpg/230px-Caldeirao.jpg" vt="true" /></a></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entre as décadas de 20 e 40 do século XX, na região do Cariri Cearense, mais precisamente na Chapada do Araripe, surge a figura do Beato José Lourenço; um devoto do Padre Cícero que teria sido enviado por este com a missão de acolher os fiéis que chegavam constantemente a Juazeiro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na fazenda Caldeirão da Santa Cruz, o Beato instituiu uma comunidade com o modo de vida austero. O centro da vida eram as celebrações religiosas, as rezas dirigidas por José Lourenço e o trabalho, com a maioria das pessoas se dedicando à agricultura. A comunidade levava uma vida igualitária e todos podiam trabalhar a terra. Os bens produzidos eram partilhados entre todos. O trabalho era visto como um meio de salvação e as regras eram rígidas. Com a morte do Padre Cícero, o número de fiéis que acorreram para Caldeirão aumentou significativamente, fato que chamou a atenção das autoridades para a fazenda, o Beato e suas atividades.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entre 1936-37, o Caldeirão atingia o ponto máximo de sua existência e a comunidade preparava a construção de uma igreja, uma melhor distribuição das moradias (com a abertura e organização de ruas) e também a formação de uma escola de educação básica, que seria possível com a chegada de três professoras. </span><br />
<div></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>A Campanha contra o Caldeirão e o Beato José Lourenço</em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No mesmo período a campanha difamatória contra o Beato e a comunidade ocupou mais espaço na imprensa do Ceará como se pode ver nesta nota do Jornal o Povo:</span><br />
<div></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">"Usam os penitentes do beato José Lourenço, sem exceção, homens, mulheres e crianças, ordinária roupa preta, tinta com lama, que exala insuportável mau cheiro. Quase todos possuem uma espingarda de caça e garrunchas e alguns revólveres...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Não é possível ocultar o perigo que acomete este ajuntamento selvagem em lugar deserto e despoliciado como a Serra do Araripe, não sendo de estranhar que dentro em breve surjam roubos e tropelias outras praticadas por aquele bando de inconscientes de quase mil indivíduos, atualmente vagabundos e ociosos. Por isto julgamos prestar grande serviço à nossa terra dando notícia dentro das fronteiras do nosso município desse cancro social... (O Povo, 12-05-1937 In: Cordeiro, 2008).</span><br />
<div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_tWoS2ySJfAk/RmWf7ErxUDI/AAAAAAAAACw/fiyIqJ7SjJQ/s1600/carregandocruz3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/_tWoS2ySJfAk/RmWf7ErxUDI/AAAAAAAAACw/fiyIqJ7SjJQ/s320/carregandocruz3.jpg" vt="true" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apoiando-se nas notícias divulgadas por uma imprensa que pouco conhecia a realidade da comunidade do Caldeirão e amparados pelo regime de exceção do Estado Novo, uma união que incluía fazendeiros, religiosos e políticos planejou o fim da experiência vivida naquele lugar. O desejo de por fim às atividades da comunidade era comum aos grupos que detinham o poder na região e as razões para isso estavam ligadas à economia, ao poder político e ao poder religioso. Entre estes motivos podem ser mencionados: O medo dos fazendeiros de perderem sua mão-de-obra para o José Lourenço e a comunidade do Caldeirão, as ambições da Igreja Católica tradicional que, supostamente, cobiçava as terras da comunidade e não compreendia as manifestações do catolicismo popular, e o temor das elites políticas que suspeitavam que o movimento era comunista (vale lembrar que os fatos são próximos à Intentona Comunista de 1935 e ao Plano Cohen de 1937).</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por fim, 1937, o governo do Ceará decide pela invasão do local que resulta na morte de várias pessoas (inclusive mulheres e crianças). No ataque, segundo Cláudio Aguiar, <em>até aviões foram utilizados, algo até então sem precedentes na América Latina</em>. José Lourenço consegue escapar com alguns fiéis e se refugia numa fazenda adquirida no estado de Pernambuco. Os remanescentes do Caldeirão vivem boa parte do tempo às escondidas, temendo as investigações, prisões e mortes efetuadas no Ceará e que se estenderam por um bom tempo. Em 1946 José Lourenço falece e o movimento perde força por falta de uma liderança expressiva, o que provoca a dispersão dos seguidores e o fim do projeto de construção de uma comunidade coletiva, mesmo com a tentativa de José Senhorinho e de Quinzeiro de retomar à vida na Fazenda Caldeirão.</span></div><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Atualidade</em></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os fatos ocorridos na Chapada do Araripe no início do século XX vem se tornando tema cada vez mais frequente em pesquisas e publicações. O exemplo daquela comunidade mostra um quadro de exclusão social e de enfrentamento de forças pertencentes aos setores mais populares de um lado e do outro lado os grupos que mantém o poder. Também é possível notar como a falta de entendimento sobre os movimentos populares e a ausência de diálogo por parte daqueles que estão no poder podem gerar uma verdadeira catástrofe.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por último cabe notar que, na sociedade atual, ainda se pode ver alguns elementos que remontam a características do Messianismo muito embora a forma de atuação e os meios sejam diferentes.</span><br />
<br />
<div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> <span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Saiba mais:</span></div><ul><li><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://historia.abril.com.br/religiao/comunidades-messianicas-outras-canudos-433698shtml">http://historia.abril.com.br/religiao/comunidades-messianicas-outras-canudos-433698shtml</a></span></li>
<li><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.continentemulticultural.com.br/index.php?view=article&catid=133%Amessian">http://www.continentemulticultural.com.br/index.php?view=article&catid=133%Amessian</a>...</span></li>
<li><a href="http://lucasparente.blogspot.com/2007_06_01_archive.html"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">http://lucasparente.blogspot.com/2007_06_01_archive.html</span></a></li>
<li><a href="http://professorfreireneto.blogspot.com/2008_06_01_archive.html"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">http://professorfreireneto.blogspot.com/2008_06_01_archive.html</span></a></li>
<li><a href="http://auribertoeternochocalheiro.blogspot.com/2010/01/caldeirao-e-pau-de-colher-historia-das.html"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">http://auribertoeternochocalheiro.blogspot.com/2010/01/caldeirao-e-pau-de-colher-historia-das.html</span></a></li>
<li><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>NEGRÃO</strong>. Lísias Nogueira. Revisitando o Messianismo no Brasil e profetizando seu futuro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol 16 nº 46 . Junho de 2001.</span></li>
<li><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>CORDEIRO</strong>. Domingos Sávio de Almeida. Caldeirão da Santa Cruz: Memórias de uma utopia comunista no Nordeste Brasileiro. VI Congresso Português de Sociologia. Universidade Nova Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2008.</span></li>
</ul>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-27831016025460051552010-02-21T06:39:00.001-08:002010-02-21T06:45:32.276-08:00Tecnohistória<a href="http://conteudo.imasters.uol.com.br/12722/Sony-Timeline-75.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 530px; FLOAT: right; HEIGHT: 530px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://conteudo.imasters.uol.com.br/12722/Sony-Timeline-75.jpg" /></a><br /><div><a href="http://conteudo.imasters.uol.com.br/12722/Sony-Timeline-75.jpg"></a><br /><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Vendo o noticiário da tv , assisto à notícia que pesquisadores utilizaram um exame de DNA para tentar identificar a causa da morte do Faraó Tutâncamon. Recentemente, quando ocorreram protestos de estudantes e opositores do regime político do Irã, o Twitter foi um dos principais meios de transmissão de informações sobres os fatos. Para investigar tumbas e desvendar mistérios de povos que viveram há muito tempo, robôs-espiões, com microcâmeras, foram utilizados.<br /><br /><em>Novas Tecnologias e História</em><br /><br />O leitor pode até achar que os fatos descritos acima não são mais do que normais e não produzem um impacto sobre o estudo da História que mereça receber algum destaque. Pois bem, além de percebermos que há uma relação entre os casos citados e outros casos semelhantes, com a tecnologia e com a História, também é possível analisarmos que a incorporação destas inovações aos estudos do passado mais que uma tendência em curso é uma profunda mudança na maneira de se narrar os acontecimentos e por extensão na própria Historiografia.<br />Por trás de todas as mudanças tecnológicas em curso se esconde uma revolução . Revolução esta que não se encontra apenas nas mídias ou nos laboratórios onde os textos são publicados e onde os exames são feitos. Ela está na própria maneira de se reinventar a narrativa histórica.<br />As novas mídias geram uma cultura típica da época contemporânea em que, a velocidade da informação e a maneira de se analisar os fatos ganham uma dimensão nunca vista. A internet e suas múltiplas possibilidades é um grande espelho disto. Tomemos o Youtube como referência. Os historiadores contemporâneos devem estar muito atentos ao que é veiculado no Youtube. Devem compreender que aquelas imagens além de poderem se converter numa importante fonte histórica, devem ser estudadas como um grande fenômeno cultural (logo histórico) da produção e difusão de saberes.<br /><br /><em>Mudanças à vista</em><br /><br />Creio que a própria maneira como as narrativas históricas serão feitas passará por transformações, acompanhando as mudanças na cultura de produção e divulgação de conhecimentos. Se antes os papiros e pinturas das tumbas do Egito, ou pergaminhos foram meios muito eficazes de preservação de aspectos do passado, agora são os espaços virtuais, os laboratórios e outros os vetores da propagação de conhecimentos, capazes de confirmar ou negar uma teoria sustentada há muito tempo e até de modificar o que sabemos sobre o passado. Há uma parceira entre a História e as novas tecnologias que se mostra muito profícua e que nem é tão recente assim. Em outros tempos, a invenção ou o aperfeiçoamento da imprensa foi responsável por importantes conquistas no campo do saber e o rádio foi um grande salto de qualidade na transmissão de ideias; agora são os telejornais, os blogs, os exames de DNA e outros os principais construtores de um conhecimento mais amplo, sem que outras fontes mais tradicionais deixem de ser utilizadas. E claro, cremos que os historiadores não ficarão à margem do uso destas tecnologias e do estudo de seus reflexos no modo de vida e na cultura das sociedades. Acreditamos que eles não só farão uma grande utilização destes elementos como também tentarão compreender como este processo de difusão cultural influencia na sociedade. É um campo vasto que se revela para os estudos.<br />Só para que você leitor (caso possua um pouco mais de idade) compreenda melhor o que estamos dizendo , em seus tempos de escola, você seria capaz de imaginar que um dia estaria diante de uma tela de computador lendo um blog sobre História?</span></div></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-10451390537505536402009-07-13T06:31:00.000-07:002009-07-14T04:43:10.145-07:00Na França, há 220 anos, uma revolução.<a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolucao-francesa/imagens/revolucao-francesa-2.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 330px; CURSOR: hand; HEIGHT: 450px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolucao-francesa/imagens/revolucao-francesa-2.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><div>Mudanças na Europa e na América<br /><br />A Europa já havido sido surpreendida pela Revolução Gloriosa (1688) e na América já havia ocorrido a Independência dos Estados Unidos (1776), no entanto, a Revolução Francesa não só seguiu a linha do processo revolucionário em marcha, como também ampliou o impacto das mudanças. O triunfo burguês que este momento histórico consagrou, rompeu com o paradigma do Antigo Regime e mais levou, o novo modelo - através do exemplo ou das guerras - para outras nações europeias.<br /><br />Entre Jacobinos e Girondinos<br /><br />Durante os 10 anos em que a França convulsionou (1789-1799) o poder mudou de mãos, indo e vindo entre moderados e radicais, mas com certeza, após todo o processo, nem a França, nem a Europa seriam mais as mesmas.<br /><br />Atualidade<br /><br />E hoje comemoram-se 220 anos da data que é vista como marco da Revolução: A Tomada da Bastilha, não sem motivos, escolhida como data nacional francesa. A História ainda possui muitas considerações a serem feitas sobre este fato. Uma das perguntas que deve ser levantada é: A Revolução se extinguiu com o Império Napoleônico ou as conquistas deste general levaram a revolução adiante? O que você leitor, pensa?<br />Podemos arguir ainda: Quais os efeitos da Revolução sobre outros povos, especialmente da América e da Europa?<br />Esses são pequenos exemplos de como ainda há muita coisa a ser analisada sobre a Revolução Francesa.<br /><br />Veja mais:<br />OSTERMAN, Nilse Wink e KUNZE, Iole Carreta. Às armas cidadãos. Editora Atual Coleção História Geral em Documentos. Sobre o livro<br /><a href="http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=133">http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=133</a><br /><a href="http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=529730">http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=529730</a><br /><a href="http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=179">http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=179</a><br /><a href="http://cliojorge.blogspot.com/2008/07/hoje-uma-daquelas-datas-que-os-que-se.html">http://cliojorge.blogspot.com/2008/07/hoje-uma-daquelas-datas-que-os-que-se.html</a></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-36856960754684118982009-07-10T03:46:00.000-07:002009-07-10T04:00:46.160-07:00Cem anos do Mestre do Barro<a href="http://www.barrosmelo.edu.br/blogs/esquinas/wp-content/uploads/2009/06/vitalino02.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 440px; CURSOR: hand; HEIGHT: 465px" alt="" src="http://www.barrosmelo.edu.br/blogs/esquinas/wp-content/uploads/2009/06/vitalino02.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A arte figurativa está em festa... Há cem anos nascia o mestre. Vitalino Pereira dos Santos, nasceu na Ribeira dos Campos (zona rural de Caruaru) e tornou-se a principal referência da arte em barro confeccionando peças que estavam intimamente ligadas ao cotidiano do Nordeste. Além de artesão, Vitalino também criou a banda de pífanos Zabumba Vitalino. A arte de Vitalino é mias uma referência para a análise e interpretação da vida e da cultura do povo do Nordeste. Para homenagear este artista ímpar tomamos emprestadas as palavras de Petrúcio Amorim:</span></div><br /><div><br /><strong><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Deus do Barro Petrúcio Amorim / Marron Brasileiro / Rogério Rangel</span></strong><br />Quando Deus fez o homem sua semelhança</div><br /><div>Foi amassando o barro com a mão</div><br /><div>Deu um sopro de vida e de esperança</div><br /><div>E espalhou pelo mundo a criação<br />Pra fazer com amor é preciso fé</div><br /><div>Da mistura da lama saber tirar</div><br /><div>A imagem de toda Maria e todo ZéTudo </div><br /><div>aquilo que aterra pudesse dar<br />O boneco do mestre Vitalino</div><br /><div>É grandeza por ter simplicidade</div><br /><div>Com o barro ele fez o seu destino</div><br /><div>Pelo barro ganhou eternidade<br />Pra fazer com amor é preciso fé</div><br /><div>Da mistura da lama saber tirar</div><br /><div>A imagem de toda Maria e todo Zé</div><br /><div>Tudo aquilo que a terra pudesse dar<br />Amassa com a mão, amassa</div><br /><div>Um boneco, uma banda de pife</div><br /><div>Um dentista um cavalo, um boi de carro<br />Amassa com a mão, amassa</div><br /><div>Se Deus é um vitalino Vitalino é um Deus de barro</div><br /><div></div><br /><div>Parabéns a todos os artistas da NAÇÃO NORDESTINA.</div><br /><div></div><br /><div>Saiba Mais:</div><br /><div><a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=4457&cd_item=1&cd_idioma=28555">http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=4457&cd_item=1&cd_idioma=28555</a></div><br /><div></div><br /><div><a href="http://www.continentemulticultural.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1282">http://www.continentemulticultural.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1282</a></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-3697719701727498762009-03-29T12:52:00.000-07:002009-06-05T15:25:38.256-07:00<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CJORGED%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="PersonName"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id=ieooui></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">No início do século XVI, o Brasil e sua produção açucareira ocupavam um destacado papel na economia portuguesa e, por que não dizer, no comércio europeu. Justamente devido a essa importância a colônia despertou o interesse dos holandeses, que a princípio foram parceiros dos portugueses nos negócios coloniais do açúcar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">A <a href="http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/uniao_iberica.htm"><u>União Ibérica (1580-1640)</u></a>, período <st1:personname productid="em que Portugal" w:st="on">em que Portugal</st1:personname> e Espanha formaram um só reino, mudou as características amistosas das relações comerciais com os holandeses. Por serem inimigos da Espanha, que controlou as colônias de Portugal durante a citada União, os holandeses optam por invadir o Brasil, inicialmente Salvador (1624-1625) e depois, Pernambuco. Conquistada a capitania expandem seus domínios para a Paraíba, o Rio Grande Norte, Ceará e Maranhão. É nesta fase que se instala um governo Holandês no Nordeste do Brasil e chega o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Maur%C3%ADcio_de_Nassau"><u>Conde Maurício de Nassau</u></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">Nassau e a transformação do Recife<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">A serviço da WIC (sigla de Companhia de Comércio das Índias Ocidentais), Nassau transforma a pequena vila do Recife no centro de seu governo. Para reestruturar a economia açucareira concede empréstimos a senhores de engenho. Executa obras públicas como drenagem de áreas alagadas, construção de prédios públicos, criação do jardim botânico e de um observatório astronômico entre outras. Também traz missões científicas e artísticas e com a ajuda de um certo <a href="http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL697490-15607-191,00.html">“boi voador”</a> arrecada dinheiro para a construção da mais longa ponte da América na época. Tudo isto somado a um momento de tolerância religiosa incomum naquele período.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">Sua administração marcou de tal modo o imaginário e a memória dos pernambucanos que, apesar de seu governo ter durado apenas sete anos e ter ocorrido há mais de três séculos, ele permanece como uma referência por quem os recifenses e praticamente todo o povo de Pernambuco possuem uma certa admiração.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">Outros tempos<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">A forma de Nassau administrar gerou desconfiança e não contou com a aprovação da WIC que o destituiu do cargo e cobrou as dívidas dos senhores de engenho. Revoltados, os produtores de açúcar, pegaram em armas, e mesmo sem contar com o apoio português, venceram os holandeses em algumas batalhas, era a Insurreição Pernambucana. Ao final dos conflitos e já com o apoio da metrópole os batavos foram expulsos pelos luso-brasileiros, feito que enche de orgulho o povo pernambucano que cita este fato como o “nascimento da pátria brasileira”. Devido a acordos e pressões a Holanda foi recompensada com uma indenização de 4 milhões de cruzados e com algumas colônias portuguesas na África e na Ásia. Isto no entanto, não desmerece o feito dos que lutaram.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt; font-family: Verdana;">Depois da expulsão dos holandeses muito coisa mudou, Portugal já estava separado da Espanha e a sua colônia na América havia aumentado de tamanho graças a interiorização de certas atividades como a pecuária, as missões jesuíticas e as ações dos bandeirantes. Com o declínio do açúcar, provocado pela concorrência antilhana, novos tempos se iniciariam e irão formatar o território e a colonização doravante.<o:p></o:p></span></p> Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-66967992692596029942009-03-22T07:49:00.000-07:002009-03-22T08:03:52.750-07:00Charles Darwin, 200 anos.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Hw-darwin.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 197px; height: 276px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Hw-darwin.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">No Brasil e em muitos outros lugares já se vivia o clima de Carnaval. Já na comunidade científica comemoravam-se os 200 anos de nascimento do naturalista inglês <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin">Charles Darwin </a>(12/2/1809-19/4/1882). Darwin é o responsável por uma das mais importantes e revolucionárias teorias da ciência moderna: A Teoria da Evolução das Espécies. Publicada em 1859 no livro “A Origem das Espécies”, esta tese defende a ideia de que há na natureza uma seleção natural dos seres mais aptos e uma eliminação dos menos dotados. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Como não poderia deixar de ser esta teoria causou muita polêmica e gerou as mais diversas reações.</span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >A pesquisa</span><br /><span style="font-family:verdana;">Charles Darwin viajou a bordo do navio HMS Beagle, que fazia a coleta de dados cartográficos para a marinha britânica. A viagem do Beagle durou quase cinco anos (1831-1836), sendo que Darwin passou parte deste período em terra firme. Durante a viagem – mesmo com períodos de estadia – Darwin pode coletar importantes informações que ele juntou a dados de pesquisas anteriores feitas por estudiosos de diversas áreas e que foram sedimentando as ideias sobre a evolução e a seleção natural das espécies. Ao final da viagem ele já havia se tornado importante no universo acadêmico graças à divulgação, por alguns amigos, de parte de suas ideias e de seus resumos.</span><br /><span style="font-family:verdana;">A vigem a bordo do Beagle não foi fácil. Durante o percurso Charles Darwin sofreu de palpitações, vômitos e outros sintomas que por pouco não o fizeram desistir, mas ele manteve-se firme em seus propósitos científicos e concluiu a jornada, mesmo não recebendo nenhum pagamento por isto.</span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >A divulgação dos resultados e as reações</span><br /><span style="font-family:verdana;">Darwin demorou para publicar suas idéias. Em 1844 lançou o livro “Vestígios da História Natural da Criação”, que provocou reações adversas até mesmo em alguns de seus amigos (note-se que o título do livro ainda menciona a criação). Sabendo das possíveis reações que suas teorias iriam provocar ele decidiu ser cauteloso ao divulgá-las, porém com notícia de que Alfred Russel Wallace, trabalhava numa tese similar à sua, Darwin decidiu publicar em 1858 o resultado dos seus estudos em conjunto com os de Wallace. Como se previa a divulgação gerou reações que iam da incredulidade às mais grotescas charges e insultos. Tanto nos meios acadêmicos quanto na esfera religiosa a teoria da evolução encontrou adversários e gerou polêmica. Ao final do século XIX e, especialmente, no século XX é que as idéias de Darwin se tornaram a principal fonte explicação científica para o surgimento e a evolução das espécies de seres vivos do planeta. Mesmo hoje, ainda há rejeição às ideias darwinianas como por exemplo em certos lugares dos Estados Unidos onde o evolucionismo foi banido dos livros didáticos e das salas de aula.</span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Algumas curiosidades</span><br /><span style="font-family:verdana;">Durante os quase cinco anos que duraram a viagem do Beagle, Darwin passou mais de um terço em terra firme, onde se hospedou e ate residiu por certo tempo em alguns lugares, entre eles, o Brasil (onde esteve em Fernando de Noronha, na Bahia e no Rio de Janeiro). </span><br /><span style="font-family:verdana;">No Chile presenciou um terremoto.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Darwin fez observações geológicas afirmando que a massa terrestre da América estava se elevando. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Para fortalecer suas ideias sobre as mudanças que poderiam ocorrer em determinadas espécies animais Darwin conversava frequentemente com criadores de pombos e porcos. </span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >A importância de Darwin</span><br /><span style="font-family:verdana;">É difícil negar a importância dos estudos de Charles Darwin e sua contribuição para o conhecimento da humanidade. Só mesmo deixando de lado certos ranços e preconceitos podermos ter a clara noção da revolução provocada por suas teorias.</span></span>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-11238598086790779012009-03-16T19:13:00.000-07:002009-03-29T12:09:26.269-07:00Minha pátria é minha língua<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CJORGED%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p.MsoBodyText, li.MsoBodyText, div.MsoBodyText {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Verdana;">Você está escrevendo algo e de repente... aquela dúvida: como é que se escreve essa palavra? Se você estiver usando algum editor de texto talvez o corretor ortográfico dê um jeito e tire a sua dúvida mas, e se ele não estiver atualizado pelo Novo Acordo Ortográfico? Bom aí melhor consultar uma fonte mais segura. Mesmo assim ainda é possível que não seja tão simples resolver a questão pois a maioria das gramáticas e dicionários ainda não está atualizada. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Agora, se você está pensando que problemas com a escrita são exclusividade sua e de seus contemporâneos, enganou-se. Dificuldades com a língua não são novidades. As mudanças na gramática portuguesa já foram muitas e, por diversas vezes, as pessoas já se atrapalharam sobre a escrita correta de verbetes do seu idioma.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><b style=""><i style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Do Tupi às primeiras reformas<o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Para começar o idioma mais falado nos primeiros tempos de colonização do Brasil , mesmo entre os lusos que se aventuraram a colonizar estas terras, não era o Português e sim do tronco linguístico (sem trema mesmo) Tupi. O próprio português que os reinóis usavam era bem diferente do atual, por exemplo palavras como céu e dói eram escritas assim: ceeo e dooe, sem contar que palavras de origem indígena, africana e até árabes foram incorporadas à língua da <i style="">Terra Brasilis</i>,. Na segunda metade do século XVI com o advento do renascimento as formas grega e romana da escrita de certas palavras é que estavam na moda e por isso uma mudança na grafia como por exemplo, philosophia e theatro (lembrou de farmácia com <b style=""><i style="">ph</i></b> hein?).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><b style=""><i style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">O idioma nos séculos XIX e XX<o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Já no século XIX a escrita foi ficando mais aberta e simplificada necessitando para isso de reformas que se tornaram cada vez mais comuns. Mudanças aconteceram e foram revogadas ou ratificadas tanto em Portugal quanto no Brasil. Sendo que pequenas modificações foram acontecendo ao longo de décadas, como em 1945 quando foi assinado o Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro, que não vigorou. As dificuldades de se criar uma ortografia simplificada continuaram, até que em 1986 no Rio de Janeiro, através de seus representantes, os sete países de língua portuguesa (Timor Leste, ainda não era independente) se reúnem e elaboram as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945 (retomando o antigo acordo); Em 1990 o acordo de 1945 (ratificado em 1986), ganha uma nova versão. Em 1998 o acordo estabelece que é necessário que todos os membros da <u>CPLP</u> assinem para que as mudanças tenham validade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Reformas do século XXI<span style=""> </span>e perspectivas<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Em 2004 surge o Primeiro Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, que define ser necessário que apenas três países da CPLP assinem o acordo para que o mesmo tenha validade. O Brasil assina o acordo em 2006 e é seguido por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Em 2008 é a vez de Portugal assinar o acordo que é oficializado no Brasil.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">O atual Acordo mostra um avanço no diálogo entre os países membros da CPLP e um fortalecimento do grupo diante dos novos desafios que a globalização sugere, além disso, é um revigoramento de um elemento cultural que é a língua, um dos aspectos unificadores desses sete países. Diante do processo globalização, as mudanças pelas quais o idioma português passa, são provas de sua vivacidade e de sua relevância.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Portanto mesmo que nos queixemos agora, já que toda mudança traz desconforto, temos muito a evoluir no futuro ainda mais globalizado. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Cabe perguntar: o Acordo Ortográfico é uma influência ou um sintoma do processo de globalização. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;">Finalizando, se como disse o poeta a pátria é a língua, então, graças ao novo acordo e à língua portuguesa, temos muitos conterrâneos em outros continentes.<o:p></o:p></span></p> Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-32273164033960214802008-07-28T05:59:00.000-07:002009-03-22T15:47:22.009-07:00Faroeste Caboclo, 70 anos da Morte de Lampião<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" spt="75" preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:formulas> <v:path extrusionok="f" gradientshapeok="t" connecttype="rect"> <o:lock ext="edit" aspectratio="t"> </v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style="'width:225pt;"> <v:imagedata src="file:///C:\DOCUME~1\JORGED~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.png" title=""> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:10;" ><o:p></o:p></span> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="line-height: 150%;font-size:85%;" >A f<span style="color: rgb(0, 0, 0);">orça volante não possuía muita experiência, porém, contava com um elemento que foi decisivo: o fator surpresa. O número de homens envolvidos, era relativamente pequeno, diante do tamanho do desafio que estava por vir. A missão era o sonho de diversos governos, coronéis e outros: prender ou executar Virgulino Ferreira, Lampião.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/Cartazlamp.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/Cartazlamp.jpg" alt="" border="0" /></a><br /></span><span style="line-height: 150%;font-size:85%;" > <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="line-height: 150%;font-size:85%;" >Naquela manhã de 28 de julho de 1938, o bando do maior líder do cangaço que o Nordeste conheceu, descansava tranqüilamente no seu esconderijo favorito – a gruta de Angicos - Sergipe. De repente um saraivada de balas e em pouco tempo<span style=""> </span>tudo estava terminado. Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros mortos, outros fugiram e procuraram reorgarnizar o bando sob o comando de Corisco.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.2pt 0.0001pt 54pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos 34 cangaceiros presentes, 11 morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais saquearam e mutilaram os mortos. Roubaram todo o dinheiro, o ouro, e as jóias.<o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.2pt 0.0001pt 54pt; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><span style="font-family: verdana;">(VAINSENCHER, Semira Adler in </span><a style="font-family: verdana;" href="http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=308&textCode=976&date=currentDate">http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=308&textCode=976&date=currentDate</a><span style="font-family: verdana;">)</span><o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.2pt 0.0001pt 54pt; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><o:p> </o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://bp2.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SI5gn7n79sI/AAAAAAAAAF8/zRBYJo_N1wI/s1600-h/Canga%C3%A7o+1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://bp2.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SI5gn7n79sI/AAAAAAAAAF8/zRBYJo_N1wI/s400/Canga%C3%A7o+1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5228222456560088770" border="0" /></a></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><span style="font-style: italic;"><br /></span></span></em></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><span style="font-style: italic;">O Mito e a Cultura Popular</span><br /></span></em></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">Com a morte Lampião e Maria Bonita terminava uma era. Durante cerca de vinte anos, este cangaceiro praticou os mais diversos tipos de crimes como saques, extorsões e assassinatos, também foi capaz de atos de generosidade e bondade para com os companheiros e pessoas humildes. O homem se foi; o mito, que já existia antes mesmo da mor permanece. A figura daquele sertanejo nascido <st1:personname productid="em Serra Talhada" st="on">em Serra Talhada</st1:personname> – PE ainda hoje é fruto de estudos sendo talvez, o personagem mais biografado da História do Brasil. Diversas são as teorias a respeito deste homem e do movimento do cangaço, do qual Lampião tornou-se um ícone. Lampião já foi tratado como herói, como bandido e até como lenda.<o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em style="font-family:times new roman;"><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">Polêmicas não faltam nas narrativas e pesquisas sobre o fenômeno social do cangaço e Lampião. Há quem o compare com os atuais traficantes de drogas presentes nos grandes centros urbanos, outros tratam de Lampião de modo romântico vendo nele a figura de um </span></em><em style="font-family:times new roman;"><span style="line-height: 150%;">“Robin Hood das Caatingas”</span></em><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">, fato que deve-se a passagens pitorescas da vida do cangaceiro como o caso do assalto à casa da Baronesa de Água Branca - onde após o saque, Lampião e seu bando distribuíram o butim com diversas pessoas da comunidade - e há ainda, os que analisam os cangaceiros e Lampião como homens típicos do sertão de seu tempo que buscavam através da ação violenta, realizar seus objetivos de vingança pessoal ou de enriquecimento e alcançar uma espécie de <span style="font-style: italic;">status.</span><o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0);font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><span style="font-family: verdana;">Há 70 anos, polêmicas são levantadas e discutidas, novos estudos e interpretações são feitas o que não muda é a força que a figura do cangaceiro possui no imaginário popular refletida em versos, músicas e xilogravuras.</span><o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: center; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 102); font-weight: bold; font-family: verdana;" align="center"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" style="'width:234pt;height:219pt'"> <v:imagedata src="file:///C:\DOCUME~1\JORGED~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image003.png" title=""> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://bp1.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SI5hlGkxUgI/AAAAAAAAAGE/DdN2MvlwdR8/s1600-h/xilogravura+e+canga%C3%A7o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 375px; height: 350px;" src="http://bp1.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SI5hlGkxUgI/AAAAAAAAAGE/DdN2MvlwdR8/s400/xilogravura+e+canga%C3%A7o.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5228223507471618562" border="0" /></a></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">Passados 70 anos da morte do mais famoso de todos cangaceiros o movimento do Cangaço e a figura de Lampião ainda permeiam a arte do nordestino e servem de mote para pesquisas e discussões, revelando a<span style=""> </span>grandiosidade do tema.</span></em></span><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"> Acreditamos ser importante repensar o movimento do cangaço buscando interpretar suas raízes e conseqüências, bem como analisar o papel que este movimento desperta no imaginário popular nordestino. <o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><o:p> </o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">Mais<o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><a style="color: rgb(204, 0, 0);" href="http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=951&date=currentDate"><span style=""><span style="color: rgb(102, 255, 153);">http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=951&date=currentDate</span></span></a><o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><o:p> </o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:times new roman;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;">comunidade O Cangaço: <a href="http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=387513"><span style="">http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=387513</span></a><o:p></o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;"><o:p> </o:p></span></em></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 2.2pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:times new roman;font-size:85%;" ><span style="color: rgb(51, 0, 0);">DÓRIA, Carlos Alberto </span><span style="color: rgb(51, 0, 0);">O Cangaço.</span><span style="color: rgb(51, 0, 0);"> S. Paulo: Brasiliense, 1981 (Tudo É História, 6).</span><br /><span style="color: rgb(51, 0, 0);">FACÓ, Rui. </span><span style="color: rgb(51, 0, 0);">Cangaceiros e Fanáticos.</span><span style="color: rgb(51, 0, 0);"> Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.</span><br /><span style="color: rgb(51, 0, 0);">MACIEL, Frederico Bezerra. </span><span style="color: rgb(51, 0, 0);">Lampião, seu tempo e seu reinado.</span><span style="color: rgb(51, 0, 0);"> Rio de Janeiro: Vozes Petrópolis, 1980. v.1 e v.2.</span><br /><span style="color: rgb(51, 0, 0);">MELLO, Frederico Pernambuco. </span><span style="color: rgb(51, 0, 0);">Guerreiros do sol: o banditismo no Nordeste do Brasil.</span><span style="color: rgb(51, 0, 0);"> Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1985.</span><br /><span style="color: rgb(51, 0, 0);">MONTE NEGRO, Aberlardo F. </span><span style="color: rgb(51, 0, 0);">Fanáticos e Cangaceiros.</span><span style="color: rgb(102, 255, 153);"><span style="color: rgb(51, 0, 0);"> Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1973.</span> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-style: italic; font-family: verdana;font-family:times new roman;font-size:85%;" > </span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:verdana;font-size:85%;" ><span style="line-height: 150%;">Filmografia<br /></span><span style="line-height: 150%;">O Cangaceiro</span></span><span style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;font-family:Verdana;font-size:85%;" > (Brasil, 1953)<br />Direção: Lima Barreto Elenco: Vanja Orico, Ricardo Campos, Adoniran Barbosa<br />Jesuino Brilhante , o Cangaceiro (Brasil, 1962)<br />Direção: William Gobert.<br />Lampião, o Rei do Cangaço (Brasil, 1963)<br />Direção: Carlos Coimbra. Elenco: Vanja Orico, Leonardo Villar, Dionísio Azevedo.<br />Maria Bonita, Rainha do Cangaço (Brasil, 1968) Direção: Miguel Borges. Elenco: Sônia Dutra, Milton Moraes, Jofre Soares.</span><em><span style="line-height: 150%; font-style: normal;font-family:times new roman;font-size:10;" ><o:p></o:p></span></em></p>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-1863985446773098262008-07-14T14:56:00.000-07:002008-09-29T04:55:14.751-07:00219 anos da Revolução Francesa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://bp0.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SHvPRfa2psI/AAAAAAAAAF0/5Em3fgAs3R4/s1600-h/bastilha.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 311px; height: 238px;" src="http://bp0.blogger.com/_HO-U8wLwSnM/SHvPRfa2psI/AAAAAAAAAF0/5Em3fgAs3R4/s400/bastilha.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222996092265080514" border="0" /></a><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 153);"><span style="font-size:85%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;" ><br /><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 153);"><span style="font-size:85%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 102, 255);"> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 102);"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Hoje é uma daquelas datas que os que se dedicam ao estuda da História não podem deixar passar em branco: Dia do Aniversário da Revolução Francesa. Claro que não faço a linha dos que se apegam às datas, mas como este dia foi escolhido como data oficial não podemos desconsiderar isto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 102);"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >O processo da Revolução não começou naquele 14 de julho de 1789, tampouco se extinguiu neste dia. No entanto, a tomada da Bastilha foi um marco significativo do processo revolucionário. Por tudo isto é que fazemos este registro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(0, 0, 102);"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br /><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 0, 153);"></span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 102, 255);"><span style="font-size:85%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:180%;" ><o:p> </o:p></span></span></p>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-62327395645199401952008-05-26T14:44:00.000-07:002008-07-28T05:57:34.257-07:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/SDswqoFZwnI/AAAAAAAAAFs/MJGrGo49fZk/s1600-h/Capa+DVD.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5204807303229457010" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center;" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/SDswqoFZwnI/AAAAAAAAAFs/MJGrGo49fZk/s400/Capa+DVD.jpg" border="0" /></a><br /><div style="color: rgb(0, 0, 102);"><span style="color: rgb(0, 0, 153);font-family:verdana;font-size:85%;" >Foi lançado ontem (25/05/2008) o DVD Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel 90 anos, Sua História Contada Por Seu Povo. O trabalho contou com a pesquisa dos Professores Erickson Barros e Jorge Subrinho Dantas e a produção de Gilberto Geraldo. O vídeo, que está baseado na História Oral e na pesquisa bibliográfica, foi uma realização da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel e uma produção de <a href="http://www.gilgeraldo.blogspot.com/">A Capital, Vídeo Produções</a>.<br />No documentário de 42 min pessoas da comunidade, religiosos e outros falam da importância desta data, bem como do significado que a Igreja Católica possui na vida da comunidade de Santa Cruz do Capibaribe.<br />O DVD é resultado de um intenso trabalho que levou cerca de 05 meses para ser concluído e que contou com a contribuição de diversas pessoas, para quem fica o nosso agradecimento.</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-11120279666408012462008-04-22T17:38:00.000-07:002009-03-09T17:09:14.908-07:0022 de abril de 1500, há 508 anos os lusos chegavam e daí?<span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><a style="font-family: times new roman;" href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/SA6IFTI7DYI/AAAAAAAAAFk/1i0bA5KzS3Y/s1600-h/chegada%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5192237045023182210" style="margin: 0px auto 10px; display: block; width: 469px; height: 400px; text-align: center;" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/SA6IFTI7DYI/AAAAAAAAAFk/1i0bA5KzS3Y/s400/chegada%5B1%5D.jpg" width="401" border="0" height="283" /></a></span> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><br /></span><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:times new roman;"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(0, 0, 102);"><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Antes da chegada da esquadra comandada pelo Almirante Pedro </span><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Álvares</span> Cabral, não havia sequer um idéia de Brasil. Os povos que aqui habitavam constituíam um mosaico de diferentes línguas, tribos e costumes; unidade política era um conceito totalmente desconhecido por aqui. Isto já está bem demarcado na atual historiografia. Então passados 508 anos da chegada dos portugueses e diante de tantas interpretações será que ainda cabe questionar algo sobre o significado do 22 de abril na História Brasileira? A Invenção do Brasil Um fato que pode ser discutido ainda é o verdadeiro papel que tiveram os lusitanos na construção desta nação. Não devemos esquecer os seus planos coloniais de incluir esta parte do Novo Mundo em suas intenções mercantilistas. Seja cultivando o açúcar, desbravando os sertões e aprisionando índios com os bandeirantes, catequizando povos e destruindo culturas com os jesuítas, ou mesmo garimpando ouro nas Gerais; o domínio português na América, transformado em colônia é um projeto orientado pelos objetivos da metrópole (no caso Portugal). Projeto este, danoso aos que aqui já viviam antes dos europeus atravessarem o Atlântico. Mas é difícil negar que o Brasil nasce como uma invenção lusa, sustentado certamente nos braços e no sangue ameríndio e negro (dos africanos) que construíram também esta pátria em pé de igualdade com os patrícios. Não houve nobreza nas ambições portuguesas e tivemos grandes custos neste processo mas, ele foi o caldo que miscigenou e gerou este país, embora não tenha sido tão bem planejado como alguns o queriam. Um debate pertinente diante da data é se conseguimos suplantar o projeto português, superar de fato os ranços coloniais e nos lançarmos na construção de uma pátria brasileira. 500 depois, que sociedade possuímos? Para onde vamos? O projeto dos portugueses não é mais a tônica de nossa existência como nação. O povo brasileiro possui uma chance de construir uma nacionalidade dentro de novos paradigmas. Olhando o presente, vemos que o retrato que se desenha no Brasil da atualidade é singular e nebuloso. Por um lado temos algumas melhorias sociais e na qualidade de vida de nossa população e por outro, temos velhos problemas em evidência como a concentração de terras e os problemas agrários, uma educação carente e uma saúde pública deficitária, para mencionar apenas os mais conhecidos. Cabe aos brasileiros se questionarem sobre os significados que esta data traz e principalmente tomarem as rédeas da construção de um grande projeto nacional. Fica a questão: onde podemos chegar? Ou o que podemos nos tornar diante dos atuais desafios propostos na <em><strong>Aldeia Global?</strong></em> </span></span></div><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:times new roman;"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(0, 0, 102);"></span></span></div><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:times new roman;"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(0, 0, 102);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Nota:</span> Em tempo, cabe mencionar o nosso trabalho (de uma esforçada equipe) na pesquisa histórica e produção de um projeto a ser publicado através de panfletos, uma exposição e um vídeo sobre os 90 anos da Paróquia do Senhor Bom Jesus do Aflitos e São Miguel em Santa Cruz do Capibaribe.<br /><br /><strong>REFERÊNCIAS:</strong><br /><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=374372&sid=01651337110424733165846025&k5=1D591D83&uid=">BOFF, Leonardo. Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ:Vozes, 2000.<br />RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.</a></span></span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-37620658262191895582007-10-15T14:24:00.000-07:002008-04-29T20:50:44.993-07:00Libertadores da América<a href="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RxPcMc0fDgI/AAAAAAAAADc/J8d__IMROjY/s1600-h/bolivar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121679307703258626" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RxPcMc0fDgI/AAAAAAAAADc/J8d__IMROjY/s200/bolivar.jpg" border="0" /></a><br /><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Calma! ... Se você pensou que esta era uma mensagem falando sobre futebol e o torneio continental, se enganou. O nome do Torneio da América do Sul tem sim, tudo a ver com História. A homenagem no nome da competição desportiva é uma menção ao grupo de homens que lutou contra dominação espanhola e dedicou-se à Independência de várias nações, entre elas, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai, Chile, Colômbia, Venezuela e Equador. No grupo destes homens estão </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/José_de_San_Martín"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">San Martín</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">, </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Simón_Bolívar"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Simon Bolívar</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">, Padre Hidalgo e outros. </span></p><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em><strong>Por que lutar pela independência?</strong></em><br />Em sua maioria estes homens eram criollos, ou seja, nascidos na América, brancos, livres mas com pouco ou nenhum direito político, faziam parte de uma classe de pessoas abastadas e por isto, muitos deles estudaram na Europa, onde tiveram contato com as idéias iluministas. Retornando aos seus países os que chegavam da Europa traziam o desejo de liberdade, de ter o controle sobre o comércio e do fim das restrições mercantilistas.</span></p><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><em><strong>O momento</strong></em></span></p><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Vivendo o contexto das </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_Napoleónicas"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Guerras Napoleônicas</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">, aproveitaram-se das fraquezas da Espanha e com o apoio dos Estados Unidos e da Ingalterra, puseram fim ao domínio espanhol na América.<br />No entanto muita coisa manteve-se inalterada, a escravidão por exemplo, foi mantida por algum tempo em boa parte dos países, e a intensa desigualdade não desapareceu. Também houve uma intensa disputa de interesses entre os criollos, o que impossibilitou a formação de uma grande nação americana como desejava Símon Bolívar.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong><em>E Hoje?</em></strong><br />Ainda é possível ver nos blocos econômicos das Américas do Sul e Central as divergências e disparidades entre as nações. O sonho de união de uma América Latina, defendido por Bolívar ficou para trás. Novas tentativas como o MERCOSUL e o Pacto Andino, ainda estão longe alcançar o efeito desejado, fala-se ainda em Revolução Bolivariana. Até onde estamos prontos para construir um processo democrático e maduro de uma união dos povos americanos? Voltando o olhar para o passado podemos compreender como os tramáuticos processos de independência da nações latino-americanas deixaram marcas, um exemplo disto é a comparação entre a Independência das Colônias Espanholas na América e a Independência do Brasil, é possível perceber semelhanças e diferenças, bem como influências na atualidade destes países? </span></p><p><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Verdana;">A América Latina mais justa é um sonho em construção, pensando sobre o nosso passado e refletindo as atuais alternativas, onde poderemos chegar?</span><br /><br /></span></p><br /><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span></p><br /><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Veja mais em:</span></p><p><a href="http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=32">http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=32</a></p><p><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1883435">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1883435</a></p><p><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31704262">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31704262</a></p>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-19247459371498666072007-09-18T16:21:00.000-07:002008-05-26T14:54:35.136-07:0089 anos de Paróquia... Uma parte de nossa História<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RvBd9XvtBXI/AAAAAAAAADU/G9koI8B617s/s1600-h/DSC00013.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5111688885993014642" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RvBd9XvtBXI/AAAAAAAAADU/G9koI8B617s/s200/DSC00013.JPG" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;color:#000099;">Primeiro uma rudimentar capelinha de taipa, depois as reformas de Pe. Ibiapina e Pe. Estima. Ao longo dos anos outras reformas foram acontecendo e ela se transformou no que é hoje... um dos marcos históricos e ícone de Santa Cruz do Capibaribe. A igreja matriz viu passarem ao longo destes anos padres, ocorrerem inúmeras festas em homenagem ao padroeiro, o Senhor Bom Jesus do Aflitos, . Nela casaram-se muitos dos filhos e filhas desta cidade, dos conhecidos e ilustres aos mais comuns. Batizados, crismas e outras cerimônias religiosas se realizaram neste templo. Depois vieram a Igreja de São Cristóvão e outras acompanhando o crescimento do município.<br />Na sede da paróquia e em sua secretaria estão arquivos da história e da memória coletiva de uma população, de livros tombo a imagens de arte sacra são elementos importantes e constitutivos de um passado e presente de um povo.<br />Hoje a Paróquia do Senhor Bom Jesus e São Miguel comemora 89 anos de vivacidade e se prepara para festejar os seus 90 cheios de júbilo.<br />É uma referência que merece ser melhor conhecida e preservada em nosso município.<br /><br />Na sua opinião qual o valor histórico da paróquia do Senhor Bom Jesus e São Miguel em Santa Cruz o Capibaribe?</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-3675152438490079852007-09-11T02:59:00.000-07:002008-05-26T14:53:54.907-07:00Aventureiros do Alto-Mar<a href="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RuZpJ1XC9RI/AAAAAAAAADM/CBOpkidUTrQ/s1600-h/Navegar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108886444961887506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; CURSOR: hand; HEIGHT: 259px; TEXT-ALIGN: center" height="233" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RuZpJ1XC9RI/AAAAAAAAADM/CBOpkidUTrQ/s200/Navegar.jpg" width="237" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="color:#000099;">Os perigos de além-mar estavam lá, o desconhecimento das rotas e correntes marítimas era uma realidade, os enormes gastos envolvidos dificultavam a realização do feito. Nada disso fez com que aqueles aventureiros desistem de singrar os mares e envolver-se no maior processo de conquistas territoriais e de riquezas já visto, mesmo sob duras condições de vida nos navios. Como objetivos destas conquistas estavam questões econômicas (as especiarias e o controle sobre o comércio), políticas (a expansão dos reinos e o controle sobre as terras conquistadas), religiosas (levar a fé católica) e científicas (comprovar teorias sobre a esfericidade da Terra e desenvolvimento de técnicas e instrumentos de navegação) mas, além de tudo isto estava o espírito aventureiro de homens que se dispuseram a enfrentar o desconhecido e, abandonando a segurança de seus lares, embarcarem para viagens de dois, três, seis meses ou mesmo de anos, o tempo de viagem, a segurança de que voltariam e os resultados eram incógnita. Eram meados do século XV, o comércio fervilhava na Europa, as Monarquias Nacionais estavam em construção, as cidades em pura expansão e os debates sobre possíveis descobertas e rotas marítimas alternativas eram constantes. A demanda por especiarias, ouro e artigos de luxo serviram de impulso para que grupos de banqueiros e comerciantes montassem companhias como a fim de financiarem viagens (como foi o caso da viagem de Cabral). Como resultado a expansão européia, a conquista violenta da América, de porções da Ásia e da costa da África, o contato entre povos das mais diferentes culturas e para alguns, o início do processo de Globalização.<br /><br />Comente:<br />Para alguns historiadores, as viagens marítimas dos séculos XV e XVI podem ser comparadas à ida do ser humano à lua, em virtude das dificuldades e do desconhecimento sobre o assunto. Você concorda com isto? Por quê<br /><br />Veja mais: </span><a href="http://www.brasilescola.com/historiab/grandes-navegacoes.htm"><span style="color:#000099;">http://www.brasilescola.com/historiab/grandes-navegacoes.htm</span></a><span style="color:#000099;"> </span><a href="http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/historia/brasil/ult1702u38.jhtm"><span style="color:#000099;">http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/historia/brasil/ult1702u38.jhtm</span></a><span style="color:#000099;"><br /></span><a href="http://www2.crb.ucp.pt/Historia/abcedário/bordo/Trabalho%20Final%20Expansão%20A%20B%20C%20dos%20descobrimentos.htm"><span style="color:#000099;">http://www2.crb.ucp.pt/Historia/abcedário/bordo/Trabalho%20Final%20Expansão%20A%20B%20C%20dos%20descobrimentos.htm</span></a><span style="color:#000099;"><br /></span></span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-75370298499034055822007-08-28T17:25:00.000-07:002007-08-28T17:33:57.459-07:00Cidadãs e cidadãos!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RtS-flXC9QI/AAAAAAAAADE/OySFbE6Qw2U/s1600-h/cidadania.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103913727531611394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RtS-flXC9QI/AAAAAAAAADE/OySFbE6Qw2U/s200/cidadania.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O direito à cidadania é uma das condições mais importantes para muitas pessoas. Poder se sentir membro da comunidade gentílica, é algo de que, provavelmente, a grande maioria não prescinde. Poder participar da vida pública do país, possuir direitos e deveres, ser livre (dentro dos limites da lei) é uma conquista quem vem se consolidando nas democracias modernas.<br />A origem deste avanço pode ser encontrada em dois momentos distintos da História da Humanidade. O primeiro remonta à Antiga Grécia e suas pólis (cidades-estados) e o segundo à Revolução Francesa, do século XVIII.<br />Para os gregos a condição de cidadania estava atrelada ao nascimento (ser grego), à maioridade (18 anos em Atenas e 25 em Esparta) e ao serviço público (como servir ao exército ou pagar impostos), lembrando que só homens exercitavam estes direitos. Ainda em Atenas, o bom cidadão era o que expressava-se na Assembléia.<br />A Revolução Francesa, extinguiu o Ancièt Regime e promulgou a </span><a href="http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/ddhc.htm"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">, que entre outras coisas, define os homens como livres e iguais perante a lei e que serviu de princípio para a maioria das leis modernas.<br />Depois vieram inclusão das mulheres, ampliação dos direitos e as mudanças não param. Atualmente a cidadania se vê diante de novas interpretações como a dupla cidadania, a cidadania nos blocos econômicos (MERCOSUL e União Européia, etc.) e mesmo os direitos através de mundo virtual que cria uma espécie de nova cidadania.<br />É a dinâmica da História, reinventar conceitos e fórmulas e estar em constante transformação.<br /><br />Veja como a cidadania é tratada no Brasil<br /><br /></span><a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm</span></a><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br />Quais os desafios que existem na construção da cidadania atualmente?<br /><br />Que soluções podem ser proposta para a cidadania no mundo globalizado e no mundo virtual?</span></div><div><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span> </div><div><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Comunidade Cidadania</span></div><div><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span> </div><div><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29725">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29725</a></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-7215344890342343112007-08-19T08:33:00.000-07:002008-03-09T03:54:51.075-07:00Escravidão e Inferno!<a href="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rshr71XC9PI/AAAAAAAAAC8/wuxGE0o224E/s1600-h/debret-blog.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5100445253677282546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rshr71XC9PI/AAAAAAAAAC8/wuxGE0o224E/s200/debret-blog.jpg" border="0" /></a><br /><p><span style="font-family:verdana;">O Brasil da Chamada fase “Pré-Colonial” e posteriormente, do Ciclo do Açúcar, foi um projeto pensado de acordo com os interesses mercantilistas da burguesia e da Coroa portuguesa. Os trinta primeiros anos foram de poucos contatos e de reconhecimento, bem como de defesa da costa das invasões e das ações de pirataria francesas em Pernambuco, no Maranhão e no Rio de Janeiro. Isto tudo não é novidade alguma. Porém para que tal projeto pudesse vingar, foi preciso uma oportuna conjugação de elementos .<br />Em primeiro lugar a divisão de terras com a Espanha (através do Tratado de Tordesilhas), que fez com que a outra monarquia ibérica não abocanhasse estas paragens. Em segundo lugar, o fato de que as demais coroas européias se encontravam em momentos de formação ou envolvidas em conflitos continentais que as impossibilitaram de concorrerem com os lusos por este território. Outro fator importante foi a disponibilidade de uma parcela de capitais da iniciativa privada para aceitar as capitanias (em especial São Vicente e Pernambuco, as que efetivamente prosperaram) e por fim a disponibilidade de mão-de-obra <em>a priori</em> indígena e <em>a posteriori</em> africana na forma de escravos, somando a isto, o capital holandês e a parceria comercial com os batavos.<br />Contingentes elevados de nativos (os <em>negros da terra</em>) e depois de africanos transplantados para o novo mundo é que foram encaixados nos mecanismos de exploração colonial de modo a tornar esta empreitada possível e lucrativa. Em especial a economia agroexportadora do açúcar absorveu um número enorme de braços africanos e transformou-os à custa de castigos, torturas e imposições em ladinos, “mãos e pés” dos senhores de engenho, na expressão de Antonil. Além de serem importantes na atividade agrícola, estes escravos eram uma excelente fonte de lucros no tráfico negreiro através do Atlântico.<br />O curioso é que o pagamento por tais escravos nas regiões onde eram capturados era feito em algodão, cachaça, melaço e fumo, sendo assim a complementaridade se dava de forma muito conveniente, pois os bens da terra serviam como moeda de troca pelos africanos.<br />A prática escravista do lusos vinha de longa data e era conhecida dos europeus desde as Cruzadas, onde os “infiéis” (mulçumanos) – assim chamados pelos cruzados – podiam ser escravizados com o aval da Igreja, Rapidamente esta particularidade se estendeu para os povos nativos do Continente Africano devido à sua religiosidade diferenciada e ao fato de serem considerados inferiores em relação aos europeus.<br />Tais justificativas também foram aplicadas em relação aos Ameríndios que igualmente foram utilizados como escravos mas, que devido a elementos como a alta mortalidade (provocada pelas guerras de escravização e pelas doenças trazidas da Europa) a baixa demografia nativa no litoral, ao incentivo dado pela Coroa para compra de escravos da África (com interesses econômicos) e pela intervenção católica que queria a catequização dos índios foi sendo gradualmente substituída pela força dos africanos.<br />Desta forma o Brasil foi inserido nas rotas comerciais européias. Com a iniciativa da Coroa e a participação de particulares e principalmente com o suor e o sangue de negros e índios que cultivaram e extraíram riquezas desta terra.<br /></span></p><span style="font-family:verdana;"><br /><ul><br /><li>Comente o papel da Igreja Católica na exploração mão-de-obra no Brasil Colônia</span></li></ul><br /><li><span style="font-family:Verdana;">Justifique as razões que levaram os colonizadores a substituirem a mão-de-obra indígena pela africana.</span></li><br /><p><span style="font-family:Verdana;">Mais:</span></p><br /><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">RIBEIRO, Darcy. <strong>O Povo Brasileiro</strong>. Companhia das Letras, São Paulo: 1999.</span></p><br /><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">FURTADO, Celso. <strong>Formação Econômica do Brasil</strong>. Companhia Editora Nacional, São Paulo: 2004.</span></p><br /><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">KOK, Glória Porto. <strong>A Escravidaão No Brasil Colonial</strong>. Editora Saraiva, São Paulo: 1997.</span></p>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-86179293465179012572007-08-06T17:45:00.000-07:002007-08-07T17:50:29.100-07:00O Mundo é Nosso, Imperialismo do Século XIX<a href="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RrfDKsdzjRI/AAAAAAAAAC0/hTxP2auGjTU/s1600-h/Imperialismo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095756091895287058" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RrfDKsdzjRI/AAAAAAAAAC0/hTxP2auGjTU/s200/Imperialismo.jpg" border="0" /></a><br /><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">África, século XIX, o continente quase todo encontra-se sobre o controle dos países europeus, seja na forma de protetorados, de controle direto ou associação aos governos locais por parte dos países da Europa. O mapa da África, e sua conseqüente divisão entre as potências da época foi traçado em Berlim(!!!!), isto mesmo, na capital alemã, em uma conferência sob a chefia de Otto von Bismarck. Reunidos líderes das principais potências econômicas do “Velho Continente” trataram de negociações para dirimir divergências e organizar a exploração no continente africano e redefinir ou traçar o mapa daquela área. A justificativa para tal ação era a “Missão Civilizatória”, já que o Eurocentrismo (idéia vigente e divulgada no séculoXIX) julgava que cabia aos europeus a missão de levar civilização, conhecimento e saber aos povos africanos (mesmo que este conceito desprezasse as tradições culturas e conhecimentos do nativos da “Mama África”), claro que isto representava levar os valores europeus, sem a prévia consulta aos africanos.<br />Por trás deste “nobre” objetivo escondia-se o desejo de controlar e explorar as importantes reservas de ouro, diamantes, marfim e outros recursos naturais que a África dispunha. Nem sempre os europeus se entenderam bem sobre esta divisão chamada de Neocolonialismo ou Imperialismo (exemplo disto foi a Guerra do Bôeres) mas de modo geral o plano de conquista foi bem executado e os resultados favoráveis à construção ou consolidação dos grandes impérios do século XIX, já para os africanos a tragédia possuiu uma amplitude inimaginável. Não bastasse as perdas humanas que a África teve durante os séculos XV ao XVIII com o tráfico de escravos, veio o controle de seus territórios e a conseqüente retirada de suas riquezas naturais para ampliar a fortuna de pessoas do outro lado do Mediterrâneo ou do Atlântico.<br />Cabe ainda dizer que o Imperialismo não se restringiu à África,nem aos países europeus, foi levado para a Ásia e praticado também na Oceania e América e que os EUA também fizeram uso deste expediente para aumentar o seu poderio econômico e que por trás desta ação estavam os cartéis, trustes e holdings que dominaram o cenário econômico na virada entre os séculos XIX e XX.<br /><br />Questões para debate:<br /><br />1. “Existe uma profunda relação entre as comunidades científicas européias e o Imperialismo (Neocolonialismo) no século XIX.” Explique a afirmativa:<br />2. A Chamada “Missão Civilizatória” desapareceu plenamente?<br /><br /><br /><br />Veja mais:<br /><a href="http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=252">http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=252</a><br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=795788">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=795788</a> (comunidade que discute temas relacionados à História)<br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1078658">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1078658</a> (Comunidade sobre História Contemporânea)<br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=93253">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=93253</a> (Comunidade Política e História)<br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23431119">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23431119</a> (Não à Tirania, sim à Liberdade)<br /><strong>HOBSBAWN, Eric.</strong> A Era do Capital (1848-1875). Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1982. <strong>______________.</strong> A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.</span></p><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong>HARVEY, David. O</strong> Novo Imperialismo. São Paulo: Edições Loyola, 2003.<strong> </strong></span></p><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong>SOMMA, Isabelle.</strong> A Partilha da África. Revista Aventuras na História, ed 35, , São Paulo: Editora Abril, julho de 2005.<br />P.S.: Peço desculpa aos que visitaram o blog recentemente e não encontraram atualizações, isto deve-se ao pouco tempo disponível (as férias acabaram) e a problemas com o PC. Espero agora manter uma maior freqüência de atualizações.</span></p>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-90467160621498927332007-07-23T17:11:00.000-07:002007-07-23T17:17:30.125-07:00Charges e História<a href="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqVFD3nQoDI/AAAAAAAAACs/0AyagG5EmYg/s1600-h/Agostini.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090550886582755378" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqVFD3nQoDI/AAAAAAAAACs/0AyagG5EmYg/s200/Agostini.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A História se relaciona muito bem com outras áreas do conhecimento humano. Por diversas vezes faz destas outras áreas um suporte para expandir suas análises ou complementar o sentido de seu estudo, outras vezes é a História que serve de esteio para a análise, interpretação ou expansão de outro ramo do saber.<br />Uma das atividades que muito se afina com a História e que tem sido usado ao longo do tempo como um recurso valioso na expressão do conhecimento histórico é a Charge. Os desenhos satíricos que mostram personalidades da política ou mesmo fatos e situações corriqueiras em tons irônicos são um valioso material para reforçar ou ampliar a análise histórica de um fato.<br />A Charge é também uma expressão cultural de um povo, de um lugar e de uma época – logo histórica. A observação das charges, pode relevar muito sobre os padrões culturais de um povo, de uma sociedade. Neste quesito, parece ser o Brasil um privilegiado, pois desde os tempos de Império que possui importantes chargistas ou cartunistas a desvelar com bom humor os fatos do dia-a-dia político do país. De Agostini a Caruso, passando por Jaguar, sempre tivemos excelentes cartunistas em nossa imprensa. Que continue sendo assim, afinal, imagine o leitor um jornal sem as charges...</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-53781482197497623562007-07-20T07:32:00.000-07:002007-07-20T07:41:36.462-07:00Crianças no Poder!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJQfJxfQI/AAAAAAAAACc/USL8zGaP4qc/s1600-h/D.+Pedro+II.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089288864006241538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJQfJxfQI/AAAAAAAAACc/USL8zGaP4qc/s200/D.+Pedro+II.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJQvJxfRI/AAAAAAAAACk/RPuO_fGB7Kc/s1600-h/D.+Sebastião.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089288868301208850" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJQvJxfRI/AAAAAAAAACk/RPuO_fGB7Kc/s200/D.+Sebasti%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJCPJxfPI/AAAAAAAAACU/h07yfVyL5gg/s1600-h/Tutancamon.jpg"><span style="font-family:arial;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089288619193105650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RqDJCPJxfPI/AAAAAAAAACU/h07yfVyL5gg/s200/Tutancamon.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-family:arial;"> Imagens de D. Pedro II (ainda criança), D. Sebastião e Tutancamon (máscara funerária)<br /></span></div><div align="center"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Crianças à frente de governos, liderando impérios, conduzindo o destino de nações e povos. O que hoje pode parecer uma aberração - basta ver a idéia de maioridade trazida no Código Civil Brasileiro – tornou-se relativamente comum em outras épocas.<br />Por trás destas situações estavam interesses políticos, econômicos e religiosos. Muitas pessoas e grupos possuíam interesse em que governantes-crianças ocupassem o trono, isto garantiria estabilidade, facilitaria a influência e ação destes grupos e dava uma idéia de legitimação.<br />Alguns exemplos famosos disto foram </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tutancamon"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tutancamon</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> no Egito Antigo, </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">D. Pedro II</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> no Brasil e </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/D._Sebastião"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">D. Sebastião</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> em Portugal. Muitos outros casos poderiam ser citados mas estes são reverências significativas, cabendo destaque nos casos de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tutancamon"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tutancamon</span></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> - que assumiu o trono em meio a um momento de instabilidade no Egito, após o conturbado reina do Akhaenathon e sua tentativa de implantação de um monoteísmo - e também D. Pedro II - que ascendeu ao trono em meio às diversas rebeliões do chamado Período Regencial (1831-1840) e que teve um longo reinado, que estendeu-se até a proclamação da República em 15 de novembro de 1889.<br />Em tempos que se discute redução da maioridade penal, imagine o que se diria caso o país ainda fosse governado por um adolescente de 14 anos...</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-71372867774379911692007-07-19T16:25:00.000-07:002007-07-20T07:03:43.717-07:00Um Cais em Santa Cruz do Capibaribe<a href="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0PJxfLI/AAAAAAAAAB0/IouByIIijwE/s1600-h/Cais+da+Igreja+-+Inauguração.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089054182698220722" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 134px; CURSOR: hand; HEIGHT: 87px" height="107" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0PJxfLI/AAAAAAAAAB0/IouByIIijwE/s200/Cais+da+Igreja+-+Inaugura%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="156" border="0" /></a> <a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0vJxfMI/AAAAAAAAAB8/6o8bzrLKZC0/s1600-h/IMAG0063.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089054191288155330" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 133px; CURSOR: hand; HEIGHT: 78px" height="99" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0vJxfMI/AAAAAAAAAB8/6o8bzrLKZC0/s200/IMAG0063.JPG" width="166" border="0" /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0_JxfNI/AAAAAAAAACE/TiQsAUBDE4Y/s1600-h/cais.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089054195583122642" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 130px; CURSOR: hand; HEIGHT: 81px" height="84" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z0_JxfNI/AAAAAAAAACE/TiQsAUBDE4Y/s200/cais.JPG" width="146" border="0" /></a> <a href="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z1fJxfOI/AAAAAAAAACM/WxKQZcs-i5s/s1600-h/IMAG0062.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089054204173057250" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 125px; CURSOR: hand; HEIGHT: 79px" height="96" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/Rp_z1fJxfOI/AAAAAAAAACM/WxKQZcs-i5s/s200/IMAG0062.JPG" width="141" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Imagens do Cais em sua inauguração e atualmente.<br /><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Um cais é uma referência de cidades localizadas na costa ou em regiões onde a navegação fluvial se faz presente. Por ele pessoas e mercadorias chegam e saem, a comunicação com outras localidades é feita por ali, enfim, é uma ligação, uma janela para outros locais.<br />Em Santa Cruz do Capibaribe há um cais, muito embora a grande maioria desconheça!<br />Aparentemente é mais um mirante que mesmo um cais. No dia 31 de janeiro de 1973, foi a obra foi inaugurada e possivelmente tinha como objetivo principal possibilitar a visão das cheias do Rio Capibaribe, cremos também que talvez havia o interesse de que o cais pudesse servir para que pessoas atravessassem o Capibaribe em dia de cheias em canoas e utilizassem o mesmo para atracar, há ainda quem afirme que se trata de uma contenção às cheias. A dificuldade em definir algo sobre o mesmo deve-se à falta de fontes. O pouco que se pôde coletar diz que o cais foi inaugurado pelo Padre Zuzinha e vemos em imagens que a cerimônia de inauguração foi muito concorrida, na oportunidade o Padre estava concluindo seu 1º mandato de Prefeito (cargo que viria a exercer uma segunda vez) e tomava posse Braz de Lira.<br />Atualmente o cais encontra-se em total estado de abandono e depreciação. As pessoas que por ali transitam não têm nenhuma noção de que se trata de um patrimônio histórico do município.<br />Fica aqui a sugestão para que as pessoas competentes se dêem conta do valor histórico deste espaço e num esforço mais que justo, recuperem e conservem o Cais da Igreja, como era conhecido.</span>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-57637379275870622552007-07-16T17:41:00.000-07:002007-07-16T17:44:26.776-07:00E a Lua deixa de ser apenas dos namorados!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpwQcfJxfII/AAAAAAAAABc/5GxEtAA40P8/s1600-h/lua.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5087959760606690434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpwQcfJxfII/AAAAAAAAABc/5GxEtAA40P8/s200/lua.jpg" border="0" /></a><br /><div>Julho de 1969, a Guerra Fria ganha mais um importante capítulo: a chegada do ser humano à Lua.<br />Em 16 de julho de 1969 foi lançada em Cabo Canaveral (base de lançamento de foguetes dos EUA) a nave Apolo 11, que quatro dias após aterrissou na superfície lunar. Este evento marcava o sucesso do programa espacial dos Estados Unidos, que visava demonstrar ao mundo, e em especial à União Soviética, o seu desenvolvimento tecnológico.<br />Desde a década anterior que ambos os países, tratados como superpotências, enviavam satélites e foguetes ao espaço. A União Soviética mostrava em relativa vantagem pois já havia colocado em órbita o Sputnik I (primeiro satélite artificial em órbita, em 1957) e o Vostok (Nave tripulada pelo astronauta Iuri Gagárin, primeiro ser humano a ir ao espaço, em 1961). A chegada da Apolo 11 representava portanto, uma reação dos Estados Unidos na chamada Corrida Espacial.<br />Como diversos outros eventos históricos, a chegada do ser humano à Lua ainda é contestada atualmente. Você concorda que o ser humano não chegou à Lua? Ou isto é apenas mais uma daquelas teorias conspiratórias?<br /><br /><br />Veja mais:<br /><br /><a href="http://historia.abril.uol.com.br/2006/hojenahistoria/julho.shtml">http://historia.abril.uol.com.br/2006/hojenahistoria/julho.shtml</a><br /><br /><a href="http://www.afraudedoseculo.com.br/">http://www.afraudedoseculo.com.br/</a><br /><br /><a href="http://www.observatorio.ufmg.br/pas14.htm">http://www.observatorio.ufmg.br/pas14.htm</a> </div><div> </div><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=rC1Fskw0RGY">http://www.youtube.com/watch?v=rC1Fskw0RGY</a></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-7925328897089436412007-07-14T16:06:00.001-07:002007-07-14T16:07:08.201-07:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RplXAPJxfGI/AAAAAAAAABM/9VgzkV94DE0/s1600-h/bastilha.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5087192915670826082" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RplXAPJxfGI/AAAAAAAAABM/9VgzkV94DE0/s200/bastilha.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;">Hoje é um dia significativo para a História Moderna e Contemporânea do chamado “Mundo Ocidental”, é a data em que se comemora a Queda da Bastilha, marco da Revolução Francesa.<br />Na França, há 218 anos, importantes fatos alteravam os rumos da sociedade européia (particularmente a francesa) e influenciariam relevantes transformações no mundo contemporâneo nascente. Claro que uma data, ou mesmo a tomada de uma antiga prisão, não sintetizam um evento da grandiosidade da Revolução Francesa, mas sem dúvida, este momento – o da tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789 – é um indicativo de que as coisas estavam mudando.<br />Uma multidão composta por vários setores do Terceiro Estado francês, revoltada com a própria condição e confusa com as notícias vindas da Reunião dos Estados Gerais em Versalhes, vai às ruas de Paris e liberta os prisioneiros políticos encarcerados naquela fortaleza. De fato, o Anciet Regimè, dava sinais claros de esgotamento.<br />Mesmo não sendo um grande fato do ponto de vista militar, nem uma conquista social de destaque, a queda da Bastilha assustou os nobres e a realeza e provocou reações externas;<br /><br />“Todas as Nações, à notícia de sua ruína, acreditaram-se libertadas.”<br /><br />(MICHELET, Jules. História da Revolução Farancesa. Citado IN: OSTERMANN, Nilse Wink e KUNZE, Iole Carretta. Às armas cidadãos! A França Revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual, 1995.<br /><br />Hoje a França celebrou com muita pompa o evento, que foi um dos referenciais do surgimento de um novo mundo; junto com a Revolução Industrial e com a Independência dos EUA, no século XVIII.<br />Muitos ainda se perguntam sobre o real significado desta revolução e a amplitude de suas conseqüências, mas é notório que o Antigo Regime, com seu Absolutismo e seu Mercantilismo, sofreram um decisivo golpe, desferido pela burguesia (daí alguns chamarem-na de Revolução Burguesa).<br />Como devemos encarar a Revolução Francesa afinal?<br /><br />Para mais veja:<br /></span><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=529730"><span style="font-family:verdana;">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=529730</span></a><br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1654900"><span style="font-family:verdana;">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1654900</span></a><br /><a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11137605"><span style="font-family:verdana;">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11137605</span></a><br /><a href="http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/paris/paris.htm"><span style="font-family:verdana;">http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/paris/paris.htm</span></a></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-46840118335575062402007-07-13T14:11:00.000-07:002008-02-15T17:41:14.406-08:00O Brasil Holandês e a urbanização tropical<a href="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpfsL_JxfDI/AAAAAAAAAA0/1YPBqla4ikE/s1600-h/recifeholandês.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5086793994813406258" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpfsL_JxfDI/AAAAAAAAAA0/1YPBqla4ikE/s200/recifeholand%C3%AAs.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;">É provável que o assunto que mais mexa com o imaginário coletivo e histórico do povo pernambucano, seja a invasão e o governo dos holandeses, além é claro da Restauração (momento da expulsão dos holandeses). Eles vieram, viram e venceram. Durante 24 anos (1630-1654), os holandeses se instalaram no Nordeste do Brasil, dominaram as regiões litorâneas de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e partes do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Passada a malfadada invasão a Salvador (1624-1625), implantaram aqui, um governo que conseguiu manter a maioria dos senhores de engenho como aliados e que possibilitou que convivessem de modo relativamente harmônico, judeus, “cristão-novos”, católicos e protestantes.<br />Durante este período o Recife se tornou o principal centro urbano do “Brasil Holandês”. Investimentos em urbanização da antiga vila de pescadores e marinheiros fez com que a mesma mudasse (talvez tenha sido o maior investimento em urbanização no processo de colonização dos trópicos até aquela altura).<br />O maior responsável pela estabilidade e pelo desenvolvimento da Capitania de Pernambuco foi Maurício de Nassau – com governo de 1637 a 1644 -, que a despeito das intenções da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais, fez investimentos no Nordeste Brasileiro, negociou dívidas com senhores de engenho e concedeu créditos para a recuperação dos engenhos.<br />É importante salientar que, a condição de pobres, escravos africanos e índios pouco ou nada mudou.<br />No plano administrativo, artístico e urbano, aí sim se pode falar em grandes diferenças.<br />Este domínio dos batavos chegou mesmo a provocar uma polêmica: O Brasil teria sido melhor se tivesse sido colonizado por holandeses?<br />Vale lembrar que esta polêmica deve muito ao governo de Maurício de Nassau, e o governo de Nassau foi um período diferenciado da Administração Holandesa.<br />Como será que o leitor vê esta situação?<br /><br />· Sim, o Brasil seria diferente e melhor com certeza.<br />· Não, nada mudaria, o objetivo era o mesmo: explorar.<br />· Não sei, talvez mudasse. Faltam elementos para definir melhor.<br /><br />Para mais veja:</span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;"><br /></span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Invasão_holandesa"><span style="font-family:verdana;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_holandesa</span></a></div><br /><div><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>SILVA</strong>, Luiz Geraldo. O Brasil dos Holandeses. Coleção A Vida no Tempo, São Paulo: Atual 1997.</span></div><br /><div><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>MELLO</strong>, Evaldo Cabral de. Rubro Veio, O Imaginário da restauração pernambucana. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.<br /><br />P.S.: Não deixarei de mencionar o Dia do Rock, gênero sempre atual. Também faço menção à Sexta-Feira 13 ( que muitos vêem como mau augúrio), veja mais em <a href="http://historia.abril.uol.com.br/2006/edicoes/almanaque/mt_237403.shtml">http://historia.abril.uol.com.br/2006/edicoes/almanaque/mt_237403.shtml</a> e também saúdo a abertura oficial dos Jogos Panamericanos.</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8724491520906167346.post-21860726287360524922007-07-10T14:16:00.000-07:002007-07-10T14:23:58.685-07:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpP442XaStI/AAAAAAAAAAs/sEP7JkHH8xE/s1600-h/Eckout.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085682059781491410" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_HO-U8wLwSnM/RpP442XaStI/AAAAAAAAAAs/sEP7JkHH8xE/s200/Eckout.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;">Repetidas vezes se falou sobre a participação indígena no processo de formação do povo brasileiro. De forma heróica e até mitológica, o índio foi representado como um importante elemento constitutivo desta nação, e de fato é. A questão é que nem sempre, se mencionou que para isto houve um longo e doloroso processo de aculturação, de escravização e de uma “guerra biológica” (mesmo que não planejada) em relação ao nativo. Os povos autóctones ficaram desprovidos de suas terras, perderam muito ou quase tudo de sua cultura, e ainda, foram vitimados por doenças como sífilis e tuberculose trazidas pelos europeus à América.<br />Além disto, os portugueses se valeram de costumes dos próprios indígenas para gerar em ventres de tupis, jês e de índias de outras nações, filhos nem sempre reconhecidos e que por diversas vezes findaram como escravos nas plantações de açúcar ou de algodão.<br />Fato relevante é que este processo de mestiçagem fez com que em um curto período a população aumentasse significativamente. Disto se deduz que no Brasil, a participação indígena se deu em várias vertentes do trabalho à influência cultural, além é claro, de sua relevância no povoamento e aumento inicial da população.<br />Mesmo reconhecido tudo isto, atualmente muitos povos ainda lutam pela demarcação de suas terras, pela valorização de seus costumes e pelo reconhecimento de sua cidadania.</span></div>Jorge Dantashttp://www.blogger.com/profile/05062937897007834589noreply@blogger.com0