sexta-feira, 6 de julho de 2007

Traços de uma Historiografia Local


Narrar a própria História, a História de sua comunidade é uma tarefa fascinante e desafiadora ao mesmo tempo. Tentar reconstruir fatos ocorridos na sua territorialidade é o sonho de muitos. Falta de documentos escritos, limitações metodológicas e outras não desanimam os historiadores que se debruçam sobre a sua “História Local ou Regional”. Em muitos casos, a barreiras são enormes mas, a persistência tem sido a marca destas pessoas que se esforçam em recontar a História de suas cidades, de seus municípios, de suas localidades.
A oralidade tornou-se então uma grande aliada. O depoimento de idosos, a fala de antigos moradores, o imaginário popular e suas lendas; converteram-se em questões provocadoras, em fortes indícios ou documentos históricos, tanto que desenvolveu-se um ramo da Historiografia, chamado de História Oral. Daí muitos têm se embrenhado na tarefa de uma narrativa histórica e em diversos casos, obtido êxito.
Em Santa Cruz do Capibaribe, podemos citar algumas pessoas que, mesmo que não tenham tido tal pretensão, fizeram importantes registros para que outros possam continuar a narrativa ou reescrevê-la (Prof. Lindolfo, Avanísia Souza, Israel Carvalho, Lúcia Nascimento e mais recentemente, Bruno Bezerra). São por assim dizer traços ou referências de uma incipiente Historia Local.
Não nos esqueçamos, que toda História, por mais mundial ou global que seja, é de certa forma, uma História Local.